Face do abandono


Por Guilherme Arêas

03/12/2016 às 07h00

A situação dos prédios que antes abrigavam a Superintendência Regional de Ensino, no Mariano Procópio, e os Grupos Centrais, na Avenida Rio Branco, é um retrato das inações oficiais que ignoram, deliberadamente, a história, sob o argumento recorrente de falta de recursos. Há pelo menos três anos, os estudantes são nômades, obrigados a migrar para outro espaço em decorrência da deterioração do prédio no Centro, enquanto as articulações regionais estão apartadas de sua sede há pelo menos sete anos.

Durante esse tempo, os governos mudaram, mas os problemas persistiram. Se hoje o mote para nada ser feito é a crise, até mesmo no período virtuoso o cenário era o mesmo. Além de identificar as causas, é preciso renovar a cobrança ao Estado, pois há um claro débito com Juiz de Fora. A cidade, há tempos, perdeu o protagonismo nas relações com o Governo de Minas, mesmo tendo uma expressiva bancada de deputados. O que ora se vê é uma das faces de outras medidas que não contemplam o município, a despeito de sua importância.

Deixar o problema se prolongar é contribuir para o seu comprometimento definitivo. No caso do prédio no Mariano Procópio, o melhor caminho é mesmo a iniciativa privada, que, mesmo não podendo demoli-lo, por ser tombado, tem meios de recuperar um imóvel que faz parte da história da cidade. Hoje, é um local de risco, tal a sua precariedade, e de insegurança, por poder ser ocupado aleatoriamente por quem quer que seja.

Construído para receber Dom Pedro II, que nunca o visitou, o prédio dos Grupos Centrais precisa ser recuperado, até por razões econômicas, não podendo ser um espectro numa das áreas mais visíveis de Juiz de Fora.

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