Juiz de Fora chega aos 175 anos com desafios próprios das metrópoles

Como toda metrópole, Juiz de Fora tem desafios próprios, mas também deve se voltar para o seu entorno, já que o crescimento integral é fundamental para toda a região


Por Paulo Cesar Magella

02/06/2025 às 07h29- Atualizada 02/06/2025 às 07h30

Aniversários são para comemorar, mas também para refletir. Aos 175 anos, Juiz de Fora reafirma a sua vocação de cidade-polo, que já passou por diversas etapas: primeiro, no ciclo do café, chegou a disputar a titularidade de capital de Minas, quando Ouro Preto já não se sustentava estruturalmente para tal projeto. Era, então, a Princesinha de Minas. Em um segundo momento, tornou-se referência no setor de malharias, ganhando o apelido de Manchester Mineira, numa comparação com a cidade de Manchester, na Inglaterra, conhecida pela sua produção de malhas.

  O tempo passou, o setor industrial ganhou novos contornos, e a cidade, agora, é uma referência educacional, de saúde e de serviços, o que faz dela área de trânsito para mais de 1,5 milhão de pessoas que ocupam o seu entorno. Também acolhe residentes em municípios do vizinho Rio de Janeiro. Com tantas vocações, a cidade se volta para o futuro, tendo como foco os principais desafios das metrópoles. 

  Os novos tempos implicam uma população cada vez mais assertiva, que quer respostas imediatas aos seus pleitos, tendo como uma das ferramentas as redes sociais. Essa população, no entanto, é também o motor que leva as cidades adiante.

  Nesta edição, a Tribuna, em caderno especial, mostra personagens que fazem história – muitos no anonimato – e que são referência para as suas comunidades. Como as coisas sempre acontecem nas cidades, a população e seus atores são peças-chaves na definição do próprio futuro.

  E o futuro é um dado paradoxalmente presente. As cidades têm que acumular ações para o dia a dia, mas, também, discutir metas. No mês passado, Juiz de Fora foi sede de um encontro de lideranças políticas que enfrentam as pautas atuais, mas também avaliou as demandas que virão pela frente.

  Esta também é uma vocação de Juiz de Fora: como principal município da região, tem que olhar para além de suas divisas e defender políticas que impliquem o crescimento coletivo. Uma região só avança quando o município sede e seu entorno se desenvolvem em parceria. 

  Entre os muitos desafios, que se renovam a cada ano, estão a mobilidade urbana, a gestão ambiental e, sobretudo, o cuidado com a população. Todos esses processos precisam de investimentos de grande porte, o que passa, necessariamente, por financiamentos, repasses oficiais e até mesmo emendas parlamentares. 

  Ao fim e ao cabo, a cidade merece os parabéns, consciente de que a cada dia as esperanças se renovam, assim como os desafios impostos a cada um.

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