MP apura possíveis crimes de corrupção cometidos por agentes penitenciários

Ação foi realizada nesta quinta-feira nos municípios de Leopoldina e Cataguases


Por Vívia Lima

30/04/2020 às 22h36

O Ministério Público de Minas Gerais investiga crimes de corrupção que teriam sido praticados por agentes penitenciários lotados no Presídio de Leopoldina, na cidade de mesmo nome que fica a cerca de cem quilômetros de Juiz de Fora, na Zona da Mata.

A investigação culminou em manobra deflagrada nesta quinta-feira (30), denominada Operação Jogo Duplo. Foram expedidos dois mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão, os quais tinham como destino as cidades de Cataguases e o município vizinho de Leopoldina.

As investigações têm como foco apurar condutas de agentes públicos e outras pessoas, não informadas pelo Ministério Público. Questionado sobre como se daria a prática dos crimes de corrupção e quem seriam os envolvidos, o MP se limitou a dizer que o procedimento corre sob segredo de justiça, “razão pela qual o mérito das investigações e os nomes, por ora, não serão revelados”.

A ação desta quinta teve participação de várias forças de segurança, como do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Visconde do Rio Branco e da Promotoria de Justiça Criminal de Leopoldina, com apoio do Comando de Operações Especiais do Departamento Penitenciário de Minas Gerais. As polícias Civil e Militar também atuaram na ação. O resultado da operação, porém, não foi divulgado.

À Tribuna, a Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) garantiu, por meio de nota, que acompanha todos os casos de desvio de conduta de seus servidores, cujo objetivo é sempre dar uma resposta administrativa célere à ocorrência. A Sejusp reiterou seu compromisso em apurar com agilidade e rigor as denúncias, respeitando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório. “Caso seja comprovado o crime por parte dos servidores, a aplicação da sanção criminal fica a cargo do Poder Judiciário e a sanção administrativa cabível será aplicada pela Sejusp”, diz o texto do documento.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.

noscript
X