Agente penitenciário é preso por suspeita de esquema de corrupção
Investigado pela Polícia Civil estaria recebendo valores para facilitar o ingresso de celulares no presídio de Muriaé
Um agente penitenciário de 43 anos foi preso por suspeita de envolvimento em suposto esquema de corrupção no sistema prisional mineiro. As investigações, que envolveram as polícias civis de Minas Gerais (PCMG) e do estado do Rio de Janeiro (PCRJ), apontam que o homem estaria recebendo valores para facilitar o ingresso de celulares no presídio de Muriaé, distante cerca de 160 quilômetros de Juiz de Fora. A prisão ocorreu na manhã desta quinta-feira (28) durante a Operação Infiltrados.
De acordo com informações da PCMG, o trabalho conjunto foi realizado por policiais civis da Agência de Inteligência em Muriaé e pela 77ª Delegacia de Polícia Civil em Niterói (RJ), como desdobramento de uma investigação da PCMG. Além de verificar que o investigado estaria recebendo valores indevidos para facilitar o acesso de detentos a aparelhos celulares, os levantamentos ainda mostram que os presos estariam vinculados a uma facção criminosa com sede no Rio e ramificação em Minas.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos bairros Padre Miguel, Recreio dos Bandeirantes e Taquara, no Rio de Janeiro. O suspeito foi preso em sua residência, no Bairro Padre Miguel. No local, os policiais apreenderam uma arma de fogo de calibre 357 e munições. Nos demais endereços, além das buscas, uma pessoa foi conduzida para prestar esclarecimentos.
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Como destacado pela PCMG, as investigações prosseguem com a colaboração ativa da Inteligência do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, com o objetivo de esclarecer completamente o suposto esquema de corrupção e suas ramificações. Além disso, a corporação informou que o investigado atuava como agente penitenciário temporário e não teria seu contrato renovado ao final do período de 12 meses.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) informou que coopera com a Operação Infiltrados, fornecendo à Polícia Civil informações importantes para o desencadeamento e andamento das investigações. Conforme a pasta, a Inteligência da Polícia Penal de Minas Gerais tem como objetivo identificar, apurar e esclarecer qualquer desvio de conduta de seus policiais, administrativos ou criminais.
“Destacamos que a Sejusp não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus profissionais. Todas as situações de desvio de conduta e de práticas criminosas de servidores são acompanhadas com rigor pela Sejusp e as medidas administrativas cabíveis no âmbito do processo legal são tomadas, guardando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório”, informou.