Juiz de Fora é a 12ª cidade mineira com mais denúncias de propagandas eleitorais irregulares
No total, foram 189 denúncias formalizadas no aplicativo Pardal, serviço oferecido à população pelo TSE
No primeiro turno das eleições municipais de 2024, Juiz de Fora teve 189 denúncias de propagandas eleitorais irregulares no aplicativo Pardal – serviço disponibilizado à população pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O número é considerado baixo, de acordo com Eduardo Braga, analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MG) e coordenador do Cartório Eleitoral de Juiz de Fora. Para ele, houve “um respeito maior dos candidatos e partidos”, além da orientação por parte do TRE. “Houve uma ação preventiva. Temos uma lista de transmissão com os partidos, na qual a gente informa o que pode ou não nas propagandas, então isso fez com que eles respeitassem mais a legislação.”
O número de denúncias coloca a cidade na 12ª colocação entre as cidades mineiras, atrás de Sete Lagoas (1.530), Belo Horizonte (955), Ribeirão das Neves (689), Governador Valadares (480), Sabará (401), Uberlândia (340), São João Nepomuceno (280), Frei Inocêncio (244), Contagem (216), Betim (201) e João Monlevade (201).
‘Candidaturas menos acirradas’
Destas cidades, oito têm menos habitantes que Juiz de Fora. A vizinha São João Nepomuceno, por exemplo, sétima cidade com mais denúncias no estado, tem uma população 20 vezes menor.
Eduardo Braga acredita que o cenário pode ser explicado por “um acirramento menor entre as candidaturas, por ser uma cidade grande e ter mais candidatos”. “Normalmente, em cidades pequenas, são dois ou três candidatos, dois grupos políticos só, e a tendência é que os apoiadores de um grupo denunciem as propagandas irregulares de outro”, completa.
Nas municipais de 2020, foram apenas cinco denúncias a mais, que deixaram Juiz de Fora quatro colocações acima.
O analista ressalta que, nos últimos dias de campanha, tradicionalmente, os candidatos tendem a colocar mais propagandas irregulares nas ruas e, com a Justiça Eleitoral focada nos preparativos finais para o dia do pleito, a fiscalização se torna mais difícil e a retirada, mais demorada.