Projeto de lei quer ônibus itinerante para levar leitura a áreas pobres e Zona Rural de JF
Proposta do vereador Tiago Bonecão cria projeto ‘Cultura para Todos’; texto ainda inicia tramitação na Câmara
O vereador Tiago Bonecão (Cidadania) quer a instituição em Juiz de Fora de um programa intitulado “Cultura para Todos: Ônibus Itinerante com Leitura, Lazer e Consciência Ambiental”. A proposta é o alvo de um projeto de lei apresentado pelo parlamentar. A proposição defende a adoção da iniciativa voltada para ações sociais em comunidades carentes do município e também para áreas rurais, e, assim, proporcionar a “democratização da informação e a difusão da educação ambiental à população”.
Segundo o projeto proposto por Bonecão, entre os temas a serem abordados no programa “Cultura para Todos” estão conhecimentos relacionados ao aquecimento global, biodiversidade, poluição sonora, poluição atmosférica, destinação do lixo, emissão do dióxido de carbono, reciclagem, fontes alternativas de energia, escassez da água, desenvolvimento sustentável, analfabetismo, pobreza e solidariedade.
Para colocar a disseminação do conhecimento sobre estas áreas em prática, o vereador sugere que o ônibus itinerante realize atividades como leitura e narração de histórias; palestras; dinâmicas motivacionais; oficinas de reciclagem; teatro de fantoches; entre outros.
“O programa consistirá na instalação de biblioteca móvel em ônibus adaptado para tanto, devendo-se priorizar a instauração em veículos já pertencentes ao acervo do Município, destinados a programas governamentais e que se encontrem desativados no momento da aplicação desta lei”, diz o projeto de lei. A proposição sugere que, em caso de indisponibilidade de veículos para o desenvolvimento da iniciativa, o ônibus poderá ser adquirido por meio de parcerias público-privadas.
Caso seja aprovado após sua tramitação na Câmara, o desenvolvimento e a execução do programa serão promovidos pelo setor de educação ambiental do Departamento de Limpeza Urbana (Demlurb). O texto prevê ainda que livros e outros materiais didáticos e pedagógicos necessários para o desenvolvimento do projeto podem ser adquiridos por meio de doações, convênios público-privados e parcerias com a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).
“É necessário o investimento em políticas públicas que ampliem o acesso aos livros. Além disso, é imprescindível o empenho na formação de leitores. Com tal investimento, o acesso à leitura pode ser democratizado e, o problema cultural da não leitura, decorrente da falta de valorização do livro, poderá ser minimizado”, afirma Bonecão na justificativa anexada ao projeto de lei.