Prefeita diz que tomará medidas necessárias para proteger vidas

Margarida se manifesta após ter sido um dos alvos do protesto que pede reabertura do comércio; fechamento se dá por onda roxa imposta pelo Governo estadual


Por Renato Salles

23/03/2021 às 16h28- Atualizada 23/03/2021 às 18h34

Um dos alvos da manifestação realizada em Juiz de Fora nesta segunda-feira (22), a prefeita Margarida Salomão (PT) comentou os protestos nesta terça, em suas redes sociais, e afirmou que sua Administração se coloca aberta ao diálogo. A mobilização foi convocada para pleitear a reabertura do comércio de Juiz de Fora, que, no momento, está impactado por restrições mais rígidas impostas por regramentos municipais e, em especial, pela onda roxa do programa Minas Consciente do Governo do Estado, que determina, de forma compulsória, a suspensão dos trabalhos presenciais de atividades consideradas não essenciais nos municípios mineiros. As normas foram implementadas após agravamento da pandemia e da crescente ocupação de leitos hospitalares na cidade e em todo o estado.

Ao se dizer aberta ao diálogo, porém, Margarida pontuou que a Prefeitura deverá tomar as medidas consideradas necessárias para tentar conter a curva de contágio na cidade, que tem resultado em aumento contínuo das internações por Covid-19 na cidade e também em óbitos. “Ratifico minha posição indelével em favor do que é correto. Não podemos recuar das políticas em favor da vida.”

Para além do pedido pela reabertura do comércio, a mobilização da última segunda-feira também apresentou alguns vieses políticos, com registro até de clamores antidemocráticos, como pedidos por intervenção militar, por exemplo. Os manifestantes sugeriram ainda o impeachment da prefeita, que foi eleita em novembro do ano passado e cumpre o primeiro trimestre de seu mandato. O Governo do Estado, que determinou medidas restritivas em todos os municípios mineiros, todavia, acabou poupado.

Sobre algumas das manifestações que ocorreram durante o ato, que destoaram da pauta central que pedia a reabertura do comércio, a prefeita afirmou que não se pode tolerar qualquer ato que ataque o respeito às pessoas. “Todos e todas têm o direito à opinião. Mas isso em nada autoriza práticas de violência política, intimidação pessoal, que rompam a tradição democrática e republicana que marca Juiz de Fora.”

Em vídeo publicado em suas redes sociais, a prefeita classificou gestos de ameaças pessoais e de intimidação como práticas fascistas. “Nós somos pela democracia, contra os fascistas e pela vida. Continuamos determinados a fazer tudo o que for necessário para que a vida do cidadão juiz-forano seja defendida e menos pessoas sofram os efeitos da pandemia”, disse Margarida.

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