Secretário afirma que governador não aceita texto como está


Por Tribuna

19/12/2016 às 19h13

Secretário de Governo de Minas Gerais, Odair Cunha afirmou no fim da tarde desta segunda-feira (19) que o Estado não irá aderir à proposta de renegociação da dívida com a União caso o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257 seja aprovado e sancionado com o texto original. A proposição é alvo de questionamentos de servidores públicos estaduais, que temem pelo congelamento de carreiras e salários. Policiais e bombeiros militares sinalizaram até a possibilidade uma paralisação a partir de amanhã em protesto contra o dispositivo de autoria do Governo federal.

“Se o texto for sancionado, o governador não vai fazer a adesão. Entendemos que o projeto como está agrava a crise. Podemos entregar a chave do Estado para o Governo federal se ele for aprovado”, afirmou Odair Cunha em matéria veiculada pelo jornal “O Tempo”. A assertiva do secretário foi feita após o governador Fernando Pimentel (PT) se reunir com representantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Os militares estudam a possibilidade de deflagrar uma ‘greve branca’, com a manutenção do efetivo aquartelado e o atendimento ao público sendo realizado, basicamente, a partir dos quartéis.

Em sua página no Facebook, a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG) afirmou que policiais e bombeiros “decidiram pela paralisação a partir das 10h de amanhã (terça-feira), dia 20 de dezembro”. Odair Cunha ainda considerou desproporcionais as contrapartidas exigidas pela União para a renegociação das dívidas . “Suspende toda e qualquer promoção de servidores”, exemplificou.

Ainda de acordo com o secretário, o Governo já informou seu posicionamento sobre o tema à bancada mineira no Congresso Nacional. Anteriormente, Pimentel já havia feito sinalização favorável ao projeto, contudo o texto foi alterado em sua tramitação no Senado.

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