Margarida subscreve documento que questiona escassez de vacinas no país
Frente Nacional dos Prefeitos afirma que prioridade do país precisa ser a vacinação em massa e cobra medidas do Governo federal
A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) manifestou publicamente suas preocupações com o desenvolvimento do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. O posicionou aconteceu nesta terça-feira (16), por meio de nota oficial que questiona a “escassez e falta de vacinas”. No documento, a entidade exige resposta do Governo federal para um cronograma de prazos e metas para a imunização. O texto foi subscrito pela prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT). A nota destaca que a “prioridade do país precisa ser, de forma inequívoca, a vacinação em massa”.
No documento, a Frente Nacional de Prefeitos considera que a condução feita pelo Governo federal no plano nacional resultou em “sucessivos equívocos”, que estariam “diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o país”. “Que o Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas”, diz a entidade municipalista.
“É urgente que o país tenha um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais e etc. Disso depende, inclusive, a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população”, defendem os prefeitos que subscrevem o documento.
“A FNP reitera que não é momento para discutir e avançar com a pauta de costumes ou regramento sobre aquisição de armas e munições. Isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos e uma grave desconsideração com a população. Prefeitas e prefeitos reafirmam que a prioridade do país precisa ser, de forma inequívoca, a vacinação em massa”, finaliza o documento.
Entidade municipalista pede saída de Pazuello
No mesmo tom, a Confederação Nacional de Municípios (CNM), outra entidade municipalista, também manifestou “indignação com a condução da crise sanitária pelo Ministério da Saúde”. Em nota publicada nesta terça-feira, a CNM solicitou a “troca de comando da pasta”, defendendo, assim, a saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Por considerar que a vacinação é o único caminho para superar a crise sanitária e possibilitar a retomada do desenvolvimento econômico e social e por não acreditar que a atual gestão reúna as condições para conduzir este processo, o movimento municipalista entende necessária, urgente e inevitável a troca de comando da pasta para o bem dos brasileiros”, diz a entidade.
Segundo a CNM, a entidade tem acolhido relatos de prefeitas e prefeitos de várias partes de país. Os gestores indicam a suspensão da vacinação dos grupos prioritários a partir desta semana, “em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo Ministério”, afirma a entidade municipalista. Segundo a CNM, ocorreram várias “tentativas de diálogo com a atual gestão do Ministério”, interlocuções que não resultaram em uma equação do problema.
“A pasta tem reiteradamente ignorado os prefeitos do Brasil, com uma total inexistência de diálogo. Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas. Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para estados e municípios. Com uma postura passiva, a atual gestão não atende à expectativa da federação brasileira, a qual deveria ter liderado, frustrando assim a população do país”, afirma a CNM.