Pesquisas apontam que governo Lula é aprovado por maioria dos brasileiros

Levantamentos do Datafolha e do Ipespe mostram aprovação de 38% e 55%, respectivamente


Por Agência Estado

14/09/2023 às 18h22- Atualizada 14/09/2023 às 18h38

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado bom ou ótimo por 38%, regular por 30% e ruim ou péssimo por 31%, de acordo com pesquisa do instituto Datafolha divulgada na tarde desta quinta-feira (14). Não souberam responder 2% dos entrevistados.

O Datafolha ouviu 2.016 entrevistados em 139 municípios na terça e na quarta-feira. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais.

Segundo o instituto, o único índice que oscilou acima da margem de erro ante sondagem de junho foi a reprovação, que era então de 27%. Em junho, a aprovação era de 37% e a avaliação regular, 33%.

As melhores taxas de aprovação de Lula estão entre os nordestinos (49%), os entrevistados com menor escolaridade (53%) e os mais pobres (43%).

Já a rejeição é maior na Região Sul (39%), entre os mais escolarizados (39%), entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos (44%) e evangélicos (41%).

Entre os jovens de 16 a 24 anos, 43% consideram o governo Lula regular, enquanto os que rejeitam são 23% e os que aprovam, 31%

Segundo a pesquisa, a avaliação sobre o desempenho de Lula segue em estabilidade: 17% acham que ele fez mais do que se esperava, 53% que ele fez menos e 25% que cumpriu as expectativas.

Expectativa

Sobre a expectativa com o governo, 43% acham que será ótimo ou bom no futuro, ante 50% que consideravam isso em março. Os que esperam um governo regular continuam estáveis (26% a 27%), mas os que creem na piora, com Lula ruim ou péssimo, subiram de 21% para 28%.

Segundo Ipespe, aprovação é de 55%

A gestão de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovada por 55% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipespe, contratada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). É o maior patamar de apoio ao petista desde o início do ano na apuração do instituto. Em relação ao último levantamento, o crescimento foi de quatro pontos percentuais – em julho, o percentual era de 51%. Lula é reprovado por 38%, uma diminuição de dois pontos no mesmo período de tempo.

Lula tem aprovação maior entre moradores Nordeste (65%), brasileiros que possuem até o ensino fundamental (60%), aqueles com renda até dois salários mínimos (59%), mulheres (59%) e pessoas entre 25 e 44 anos (59%).

Sobre as áreas que deveriam ser prioritárias para o governo, 29% dos entrevistados citam saúde. Outros 27% mencionam emprego e renda, e 17%, educação.

O levantamento foi realizado entre 28 de agosto e 1º de setembro de 2023. Foram ouvidos dois mil entrevistados de todas as cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e a taxa de confiança é de 95,5%.

Leia mais notícias sobre Política aqui.

Mudanças no governo

Na última quinta-feira (7), o Palácio do Planalto anunciou o desfecho de uma negociação de dois meses pela entrada de mais dois partidos no governo. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram nomeados, respectivamente, como ministros do Esporte e de Portos e Aeroportos. Márcio França, que era titular de Portos e Aeroportos, assumiu o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, criado nesta quarta-feira.

Com a reforma ministerial, o governo espera destravar pautas importantes para o Executivo no Congresso. Desde o início do mandato, Lula dispôs as pastas de forma a abranger o máximo de partidos aliados que conseguia. Na época, além dos aliados da campanha eleitoral, o petista conseguiu agregar também União Brasil, MDB e PSD, totalizando dez siglas diferentes na Esplanada. A aliança, entretanto, não foi o suficiente para o governo ter seus interesses sustentados nas votações no Congresso Nacional. Agora com a mudança ministerial, há 12 partidos representados na Esplanada, contando com o PT.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.

noscript
X