PF cumpre 66 mandados em nova fase da Operação Sem Desconto contra fraudes no INSS

Ação, autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF, investiga sindicatos e associações suspeitos de aplicar descontos ilegais em aposentadorias e pensões


Por Estadão Conteúdo

09/10/2025 às 11h32

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (9), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura fraudes em descontos aplicados sobre aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal.

As ações ocorrem em São Paulo (45 mandados), Sergipe (12), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (2), Pernambuco (2), Bahia (2) e no Distrito Federal (1). A PF divulgou fotos da operação, porém não deu mais detalhes sobre os itens apreendidos.

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(Foto: Polícia Federal)

Entre os alvos estão o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), em São Paulo, ligado a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o diretor da entidade, Milton Baptista de Souza Filho; e a Amar Brasil, que teria recebido cerca de R$ 300 milhões com os descontos irregulares.

Milton Souza Filho tem depoimento marcado nesta quinta-feira (9) na CPI do INSS, a pedido do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. O presidente da Amar Brasil, Américo Monte, também foi convocado para prestar esclarecimentos à comissão.

Objetivo da operação

Segundo a Polícia Federal, esta nova fase tem o objetivo de aprofundar as investigações sobre organizações suspeitas de realizar descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. As apurações indicam que sindicatos e associações usavam de forma ilegal os dados de beneficiários do INSS, sem o consentimento deles, para realizar cobranças automáticas.

Os mandados buscam reunir provas de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa. Conforme o inquérito, houve pulverização de valores desviados, dificultando o rastreamento do dinheiro.
Investigação começou em abril

As apurações tiveram início em abril deste ano, com a deflagração da primeira fase da operação. Entre os principais investigados estão Antônio Carlos Camilo, conhecido como o “careca do INSS”, apontado como lobista do esquema, e o empresário Maurício Camisotti, ligado a associações suspeitas, além de ex-servidores do INSS.

Todos os citados negam envolvimento nas irregularidades.

* Texto com informações do Estadão Conteúdo, reescrito com o auxílio do Chat GPT, e revisado por nossa equipe

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