Em visita à Tribuna, deputados do Novo defendem a reforma da Previdência
Parlamentares conversaram com a reportagem sobre temas atuais e defenderam a aprovação da reforma
Na última sexta-feira (3), o deputado federal Tiago Mitraud (Novo) e o deputado estadual Guilherme da Cunha (Novo) visitaram Juiz de Fora para fazer uma prestação de conta de seus mandatos. Eles conversaram com a reportagem sobre temas atuais e defenderam a aprovação da reforma da Previdência. Integrante da Comissão Especial montada na Câmara dos Deputados para debater a matéria, Mitraud se disse favorável à manutenção de itens considerados mais polêmicos, como os que muda as regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural. Por outro lado, argumentou que a bancada do Novo no Congresso deve sugerir a adição de uma emenda de igualar a idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres em 65 anos. Na proposição governista, as balizas colocadas são de 65 anos para homens e 62 para as mulheres.
“Somos favoráveis à forma que a reforma chegou na comissão. Vamos tentar fazer algumas alterações, como igualar a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres. A justificativa de que a maternidade dificulta o reingresso da mulher no mercado de trabalho é real. Então, desta maneira, queremos propor que, para cada filho que a mulher tiver, ela ganha um ano a mais no cálculo tempo de contribuição. Isto aumenta o percentual do valor do benefício. Porém, até o máximo de três filhos, logo, com limite três anos de bônus”, afirmou Mitraud. Segundo ele, a proposição deve ser apresentada na forma de emenda de bancada. O deputado federal disse ainda que o Novo irá defender a antecipação do fim da aposentadoria especial para parlamentares federais para a atual legislatura. “O texto atual prevê que isto valha apenas para a próxima legislatura”, afirma Mitraud, que reforça: “queremos mirar na meta do próprio Guedes de R$ 1 trilhão de economia em dez anos.
Acompanhando as discussões no Congresso Nacional à distância, o deputado estadual Guilherme da Cunha também defende a aprovação da reforma. Ele acredita que a população já está ciente das necessidades das mudanças e sobre como ela poderá resultar em uma melhor distribuição dos recursos do Tesouro para áreas mais sensíveis, como saúde e educação. “As pessoas perceberam que mais da metade do orçamento primário brasileiro é destinado à Previdência. Isto tira dinheiro da saúde e da educação pública no Brasil, que atende principalmente a população mais pobre. A partir do momento de que estes números são abertos, a discussão fica mais fácil. Guilherme acredita que o mesmo raciocínio que pode ser aplicado no âmbito estadual. “No Estado não é muito diferente. O Estado está absolutamente quebrado. Temos uma previsão de déficit anual de R$ 16 bilhões de Previdência. Se resolvemos este problema, podemos recuperar nosso orçamento para investir, em saúde, educação e segurança.”