Atividade industrial em Minas deve crescer 10,15% em 2021, prevê Fiemg

Situação foi favorecida também pelo fato do estado concentrar plantas produtivas que mantiveram ou retomaram atividades com mais rapidez na pandemia


Por Francisco Carlos de Assis (Agência Estado)

21/12/2021 às 21h38

Minas Gerais, que no nome já dimensiona a sua força na extrativa mineral, deve ver sua atividade industrial crescer 10,15% em 2021 e o PIB do setor avançar 5,97%. Essa será a colaboração da indústria mineira para a atividade industrial nacional, observa o economista Izak Carlos Silva, da Federação das Indústrias do Estado de Minhas Gerais (Fiemg).

“A indústria do Brasil e de Minas tem ganhando participação no PIB. Houve a paralisação do setor de serviços ao longo da pandemia. Ao mesmo tempo, aumentou a produção de itens essenciais como maca, álcool em gel, vacinas, respiradores, oxigênios. Tudo isso é produzido pela indústria”, frisa Izak.

O desempenho favorável da indústria é decisivo para que o PIB agregado do Brasil alcance crescimento de 4,27% ao final de 2021, prevê o Departamento Econômico da Fiemg.

O PIB industrial que, segundo a federação mineira deve aumentar 3,43% no País neste ano, foi fundamental para a recuperação da economia desde o início da pandemia, segundo a Gerência de Economia e Finanças Empresariais da Fiemg baseadas em dados apurados até o terceiro semestre de 2021.

A indústria de Minas Gerais foi favorecida também por concentrar plantas produtivas que mantiveram ou retomaram atividades com mais rapidez ao longo da pandemia, como mineração, siderurgia e produção de máquinas e equipamentos.

Se for levar em conta a produção industrial, a Gerência de Economia e Finanças Empresariais da Fiemg apurou que, no acumulado deste ano até outubro, o resultado de Minas Gerais (12%) fica atrás apenas do Estado de Santa Catarina (13,8%). Em seguida vem o Estado do Paraná (11,2%) e Rio Grande do Sul (11%)

Confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Brasil oscilou durante o ano, mas marcou 56 pontos em novembro, sinalizando confiança dos empresários. Os industriais estão otimistas em relação à economia e ao desempenho de suas empresas nos próximos seis meses.

De acordo com Izak, a demanda aquecida e a perspectiva de normalização das atividades econômicas têm deixado o empresário mais confiante em relação ao futuro. Ainda, segundo ele, a inflação e a falta de alguns insumos essenciais à produção são pontos de atenção.

“A inflação reduz o poder de compra e alguns itens essenciais à produção, como os semicondutores para veículos, estão escassos”, diz Izak.

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