Polícia Civil conclui a identificação dos mortos em Capitólio

Entre as vítimas estão sete homens e três mulheres com idades entre 14 e 68 anos; todos estavam na mesma lancha


Por Tribuna

10/01/2022 às 21h52

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, na tarde desta segunda-feira (10), a identificação do último corpo das vítimas do acidente em Capitólio, no último sábado (8). Dez pessoas morreram: Júlio Borges Antunes, de 68 anos, natural de Alpinópolis (MG); Carmem Pinheiro da Silva, 43, de Cajamar (SP); Camila Silva Machado, 18, de Paulínia (SP); Mykon Douglas de Osti, 24, de Campinas (SP); Sebastião Teixeira da Silva, 64, de Anhumas (SP); Marlene Augusta Teixeira da Silva, de 57, de Itaú de Minas (MG); Geovany Teixeira da Silva, 38, também de Itaú de Minas (MG); Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14, de Alfenas (MG); Tiago Teixeira da Silva Nascimento, 35, de Passos (MG); e Rodrigo Alves dos Anjos, 40, de Betim (MG). Todos eram amigos e familiares e estavam em uma mesma lancha na hora do acidente.
A identificação foi realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais em conjunto com a Polícia Federal e fez comparação das impressões digitais das vítimas. Ainda na tarde desta segunda, o Corpo de Bombeiros publicou em uma rede social que os militares estão fazendo nova varredura na área do acidente buscando possíveis novas vítimas, além de segmentos e materiais.

Causas do acidente

Sobre as causas do desprendimento da rocha, o delegado da Polícia Civil de Passos, Marcos de Souza Pimenta, disse que seria prematuro fazer qualquer declaração. “Uma rocha daquele tamanho não cai de uma hora para outra. É uma ação que leva muito tempo”, disse Pimenta. Segundo ele, a Polícia Civil continuará em interlocução com geólogos especialistas no tema.

“Com relação às lanchas, fizemos uma investigação preliminar e constatamos que elas estão aptas a transportar turistas na região”, afirmou. Segundo o delegado, se o tempo não estivesse chuvoso, poderia haver entre 50 e 100 pessoas nadando naquele trecho, inclusive crianças.
“Não descartamos a possibilidade da erosão da rocha ter sido provocada pela chuva ou até por um choque pelo som das lanchas que param ali e fazem um escarcéu naquele local”, disse Pimenta. “É de conhecimento público que há aglomerações de turistas lá. Esse assunto será analisado pela Marinha, que fiscaliza as águas da Represa de Furnas”, disse.

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