Tupynambás empata em 0 a 0 com VEC e só milagre leva ao acesso
Baeta volta a pecar nas finalizações, tem anulação de gol polêmica e completa cinco jogos sem marcar; técnico fala em “terminar com dignidade” o Módulo II
O que já estava difícil, ficou praticamente impossível. O Tupynambás recebeu o VEC nesta quarta-feira (20), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, pela antepenúltima rodada do hexagonal final do Módulo II do Campeonato Mineiro, mas ficou no 0 a 0 com a equipe de Varginha após uma anulação de gol polêmica dos donos da casa. Com o resultado, o Baeta estaciona na quinta colocação, com oito pontos, cinco a menos que o Ipatinga, vice-líder e primeiro time na zona de acesso. O Leão do Poço Rico pode chegar a 14 se vencer os dois jogos restantes, e já não alcança mais o líder Betim, de 15 pontos. Já o VEC continua na quarta posição, agora com 10 pontos.
Para o acesso, somente uma combinação minuciosa de resultados vale ao Tupynambás, já que Ipatinga, Democrata e Varginha, melhores na tabela, não poderiam chegar aos 15 pontos. O Baeta volta a campo na segunda-feira (25), às 20h, quando visita o Ipatinga. Já o VEC tem clássico com o Boa Esporte em Varginha, no domingo (24), às 16h.
Apesar de ter conseguido chegar diversas vezes na meta do adversário na primeira etapa, o Tupynambás não conseguiu o gol. Houve chute na trave, batida rasteira e para cima do alvo, mas nada de bola na rede, ao mesmo tempo em que o visitante conseguia levar um certo perigo, apesar de menor. Na segunda etapa, com a questão física e o cansaço dos dois lados, o Tupynambás chegou a balançar as redes, mas teve impedimento polêmico marcado pela arbitragem, enquanto o VEC acertou o poste.
Após o fim da partida, o técnico Nilson Corrêa afirmou que a quinta partida consecutiva sem marcar gols do Tupynambás se justificaria pelos altos e baixos dos seres humanos. “Estamos tratando com pessoas, e não com máquinas. E infelizmente o momento ruim nosso veio na reta final. (…) O Messi, o Cristiano Ronaldo já tiveram momentos ruins. E estamos falando de superstars, acima de qualquer questionamento. Mas seria muito fácil eu culpar alguém, só que não tenho esse caráter e comportamento. Sou eu quem os treino e nunca vou me esconder das responsabilidades.”
Sobre as rodadas finais, Nilson afirmou que agora é momento de “terminar com dignidade. Nós não vamos brincar, jogar de qualquer maneira, mas sim fazer nosso melhor até o final.”
Canetas e Tupynambás melhor
Sem o capitão Dudu, o técnico Nilson Corrêa escalou o Tupynambás com Juliano Chade, Igor Pupinski, Cristiano, Rayan e Thiago Luiz; Eric Melo, Fábio Luiz, Evandro e Marcellinho; Pablo Sampaio (Lucas Evaristo) e João Paulo (Wellington Batista).
Já o VEC foi ao campo com Wesley Mafuá, Diego Petrin, Guilherme, Bruno Tofelli e Eduardo (Carlinhos); Luiz Eduardo (Leandrinho), Marinho e Luan; Flávio Macarrão, Romário (Henry Vivas) e Gabriel Porquinho (Kauan Araújo)
Os primeiros instantes do jogo foram de equilíbrio e estudo. Tanto Tupynambás quanto Varginha conseguiam trocar bons passes e chegar à frente, mesmo que ainda sem nenhuma oportunidade gol. Em um lance no meio campo, Flávio Augusto, do VEC, deu uma caneta em Thiago Luiz.
Aos 15 minutos, a primeira e mais perigosa chance do primeiro tempo. O lateral Thiago Luiz, do Tupynambás, lançou para Evandro mais a frente. O meio-campista tocou para trás e Thiago apareceu para mandar uma bomba na trave e animar os torcedores baetas presentes no estádio. Um minuto depois, Marcellinho fez bela jogada individual, com direito a caneta, mas chutou para fora.
E o Baeta não parou. Após três minutos, Marcellinho recebeu no círculo central e lançou para Pablo Sampaio, que sozinho, chutou por cima na saída do goleiro. O VEC falhava na marcação, o Tupynambás finalizava mais vezes, como com João Paulo, mas sem alterar o placar.
Final com polêmica
Aos 5 minutos da segunda etapa, o VEC quase abriu o placar em chute forte para fora de Bruno Tofanelli. O Baeta respondeu rapidamente, mas teve um gol perdido de forma inacreditável. Fábio Luiz lançou Cleber Pereira, que recebeu livre após rebatida errada do zagueiro do VEC. De frente para o goleiro e desequilibrado, o atacante escorregou e chutou para fora.
O início com chances de gol não perdurou durante a segunda etapa. As duas equipes tiveram dificuldades na criação e começaram a apertar na parte defensiva, com muitas faltas. Já nos acréscimos, Guilherme, do VEC, chutou forte de fora da área e Juliano Chade buscou no cantinho, em um verdadeiro milagre.
Nos dois últimos lances da partida, momentos inexplicáveis do futebol. No primeiro, Marcellinho chegou a fazer o gol após cobrança de falta de Pupinski, mas o bandeira marcou impedimento em posição discutível. No outro, novamente Pupinski cobrou falta e mais uma vez Marcellinho levou perigo, mas cabeceou para fora.
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