Com Covid, juiz-forano é cortado do Mundial de Handebol: “tive febre e dor no corpo”
Capitão da seleção brasileira, Thiagus Petrus está isolado em bolha em Portugal com o restante da delegação, que chegou a sete infectados
Capitão da seleção brasileira de handebol, o juiz-forano Thiagus Petrus teve que ser cortado da relação de atletas que irão defender o país a partir desta sexta-feira (15) no Mundial da modalidade, no Egito. Isto porque o armador esquerdo testou positivo para coronavírus nesta semana.
Petrus está em Portugal com seus companheiros da equipe canarinha desde dia 28 de dezembro. Todos estão isolados em uma bolha de um centro de treinamento da cidade de Rio Maior, local que tem parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ainda assim, o juiz-forano de 31 anos foi o sétimo profissional da delegação a ser infectado.
“Semana passada teve um outro atleta (goleiro Ferrugem) que testou positivo e mais 5 membros da comissão”, conta Petrus. Em deles é o treinador da equipe, Marcus Tatá.
Ainda conforme Petrus relatou à Tribuna, houve sintomas brandos. “Tive um pouco de febre há dois dias e algumas dores no corpo. É a primeira vez que texto positivo, sempre faço testes, quase toda semana”, lembra o também jogador do Barcelona.
Para ele, as medidas sanitárias foram bem executadas em Rio Maior, apesar dos casos. “Estamos ainda na bolha, amanhã o pessoal viaja. Sempre usamos máscaras, comemos com distância, usávamos álcool gel, lavávamos muito as mãos. Só nos treinos que era tudo normal, mas as medidas estavam corretas no meu ponto de vista”, avalia.

Objetivo maior é o Pré-Olímpico
Naturalmente, a notícia causou um sentimento de frustração em Petrus, mas também por não ser um momento qualquer da seleção. “Esse Mundial é muito importante, é nosso último encontro antes do Pré-Olímpico com um técnico novo, um grupo de jogadores diferente, então precisamos fazer uma boa competição para poder ter mais confiança para ir ao Pré-Olímpico”, destaca, mencionando a competição que deve ocorrer na Noruega, no mês de abril.
Apesar da ausência, líder como é, Petrus não vai abdicar de contribuir, dentro das possibilidades, e ainda não vê sua participação no torneio descartada, dependendo dos resultados de seus companheiros.
“Fico triste de não poder ir, mas vou continuar no grupo falando com o pessoal e vou tentar incentivar, além de me preparar para o próximo objetivo, que é o Pré-Olímpico. Ou talvez até mesmo dê tempo para que eu vá ao Mundial.”