Conselheiros do Tupi decidem pela exclusão de Juninho do clube
Por unanimidade, presidente licenciado foi eliminado do quadro associativo do Galo Carijó, mas ainda pode recorrer
O Conselho Deliberativo do Tupi decidiu, em reunião na noite de quinta-feira (9), pela exclusão de José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, do quadro associativo do clube. A medida foi votada de forma unânime entre os conselheiros, mas ainda cabe recurso por parte do presidente licenciado. A eliminação do dirigente ocorre na esteira das investigações da Polícia Civil sobre atitudes tomadas enquanto ele ainda estava à frente do executivo do Galo Carijó, cargo no qual Juninho foi afastado ainda no último mês de setembro.
A reunião de quinta-feira foi convocada pela presidência do Conselho Deliberativo no último dia 30, em edital publicado na Tribuna. Conforme a pauta do encontro, o intuito era “receber, analisar e votar defesa apresentada sócio/conselheiro com base art. 21 (sic)”. O artigo do estatuto do Tupi mencionado na convocação define que “o sócio poderá ser punido pela transgressão de quaisquer das obrigações estatutárias ou dos demais regulamentos do clube, sob a pena de receber advertências, sejam elas verbais ou escritas, suspensão de até seis meses ou eliminação. A pena será graduada de acordo com a gravidade da falta”.
A reunião foi mais um capítulo da batalha administrativa do clube. No último dia 17, a Tribuna revelou que um grupo de conselheiros do Galo Carijó se organizou para pedir a expulsão de Juninho do quadro associativo do clube, após uma apuração interna oficializar acusações de supostas irregularidades cometidas pelo dirigente enquanto presidente alvinegro. Desde julho, Juninho é investigado pela Polícia Civil por supostas irregularidades cometidas na gestão do futebol de base do clube.
Um documento, ao qual a Tribuna teve acesso, notifica a decisão pela eliminação de Juninho dos quadros do clube, “uma vez que, conforme demonstrado por robusta prova documental, chegou-se à conclusão que Vossa Senhoria causou danos imensuráveis à imagem e ao patrimônio do Clube, não possuindo idoneidade moral para ocupar o cargo de Presidente do Tupi Foot Ball Club, tampouco, para permanecer como membro da referida entidade (sic)”.
Na ocasião, o presidente licenciado criticou a atitude do grupo de conselheiros, que é ligado ao atual líder do executivo carijó, Eloísio Pereira de Siqueira, o Tiquinho. Juninho negou que tenha recebido oficialmente a notificação e reafirmou que não houve votação, como teria de acontecer, por seu afastamento definitivo do clube.
A Tribuna tentou contato com Juninho nesta sexta-feira (10) para questionar se o presidente licenciado irá recorrer da decisão do Conselho. Entretanto, até o momento, não houve resposta por parte do ex-dirigente.