Ednaldo Rodrigues é retirado da presidência da CBF pela Justiça
Tribunal do Rio de Janeiro determina que STJD convoque novas eleições
Ednaldo Rodrigues não é mais o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em decisão divulgada nesta quinta-feira (7), desembargadores da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro retiraram Edinaldo do cargo e determinaram que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) convoque uma nova eleição para a presidência do órgão. Durante a transição, o presidente do STJD, José Perdiz, será o presidente interino.
A Justiça declarou a ilegalidade do Termo de Acordo de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e a CBF que levou Ednaldo à presidência da entidade máxima do futebol brasileiro. De acordo com o Tribunal do Rio, o MP não teria legitimidade para interferir nos assuntos internos da CBF, que é uma entidade privada. A Confederação ainda vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O imbróglio foi originado em 2018, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou uma ação contra a CBF por interpretar que o estatuto da entidade não previa o peso igualitário entre federações e clubes, como determina a Lei Pelé. Durante as negociações, entretanto, o então presidente Rogério Caboclo foi afastado da CBF após ser denunciado por assédio sexual.
Ednaldo, então, assumiu como interino na presidência e negociou o TAC com o Ministério Público. A eleição de Caboclo foi anulada e o próprio Ednaldo Rodrigues foi eleito presidente efetivo da CBF.
Os demais dirigentes que faziam parte da administração de Rogério Caboclo, no entanto, alegaram que não foram consultados sobre o TAC e que foram prejudicados, uma vez que tiveram de deixar seus cargos.