Tupi perde gols e é derrotado por 1 a 0 pelo Oeste


Por Bruno Kaheler

07/06/2016 às 21h21- Atualizada 07/06/2016 às 22h37

Marcelo Ribeiro/07-06-16Em partida repleta de gols desperdiçados nesta terça (7), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, e diante de 483 pagantes, o Oeste aproveitou um dos erros defensivos do Tupi e venceu o duelo por 1 a 0, com gol de Léo Arthur aos 16 minutos da segunda etapa, logo após receber bola em cobrança de lateral, dentro da área. O resultado mantém o Tupi na vice-lanterna da Série B, com 3 pontos em sete jogos, com os paulistas indo a 7 pontos. “Tem que ter paciência, não adianta apontar culpados. Temos que matar o jogo. É levantar a cabeça”, resumiu o capitão carijó, Rafael Jataí.

O jogo

Como de costume, o técnico Ricardo Drubscky surpreendeu na escalação, levando o Alvinegro juiz-forano para campo com Rafael Santos; Wesley Douglas – estreante da noite -, Heitor, Rodolfo Mol e Bruno Costa; Rafael Jataí; Henrique, Recife, Marcos Serrato e Jonathan; Giancarlo, configurando a sétima formação diferente em sete rodadas. A estratégia rubro-negra de explorar os lados do campo quase foi eficaz logo no sexto minuto, em lance que contextualizou a etapa inicial. Em cobrança de falta pela esquerda da defesa, cometida pelo zagueiro Rodolfo Mol, que recebeu seu terceiro cartão amarelo na Série B, Rafael Santos espalmou para o lado. No rebote, nova saída do goleiro, não evitando, contudo, o fim da jogada. A bola sobrou no pé de Mazinho, que finalizou por cobertura e parou no salvador cabeceio de Heitor, em cima da linha.

Se a equipe paulista apostava em forte movimentação e transições ofensivas pelos flancos, também deixava espaços sem a bola. Aos 15 minutos, Rodolfo Mol foi zagueiro no ataque. Em escanteio, Rafael Jataí cabeceou para o chão, e o defensor apareceu livre na pequena área, chutando por cima da meta. A chuva aumentou aos 31 minutos. Serrato e Giancarlo comandavam as tentativas do Carijó. Aos 39, o centroavante recebeu cruzamento e cabeceou no pé da trave. A bola voltou em seu pé, e o chute foi para a linha de fundo. A resposta veio em seguida, e Rafael Santos defendeu chute de dentro da área de Mazinho.

Erro fatal

O roteiro foi mantido na segunda etapa, com Ygor no lugar do lesionado Jonathan pelo lado carijó. Aos 10 e 12 minutos, o goleiro do Tupi foi ameaçado por dois companheiros. Primeiro, após nova defesa, Rodolfo Mol tentou tirar, acertou a trave, e a bola voltou para os braços do dono da meta alvinegra. Em seguida, Douglas foi afastar o perigo e a bola tomou direção do próprio gol, forçando espetacular intervenção de Rafael Santos.
Vinicius Kiss substituiu Henrique aos 11 minutos. Cinco minutos depois, Léo Arthur, do Oeste, recebeu bola em cobrança de escanteio dentro da área, sozinho, girou e, sem marcação, fuzilou as redes, abrindo o placar. Mais um motivo para o torcedor nas arquibancadas pedir a saída de Drubscky e vaiar Giancarlo, quando deu lugar a Michel Henrique, aos 23. O restante do duelo foi marcado por erros das duas equipes. Kiss e Michel desperdiçaram as principais chances, enquanto o Oeste abusava do toque de bola dentro de sua área, modelo de jogo do técnico Fernando Diniz.

Drubscky fica

Após o jogo, o diretor executivo de futebol do Tupi, Gustavo Mendes, afirmou que o técnico Ricardo Drubscky  “é de nossa confiança e o comandante da equipe”, confirmando ainda que, “dentro das condições e do mercado, vamos reagir e contratar se for preciso”. Já Drubscky, depois de lamentar as oportunidades desperdiçadas sobretudo na etapa inicial do confronto, respondeu aos jornalistas se sentia pressionado. “Seria um alienado se falasse que não. A gente vê o comportamento da torcida desde o início de jogo, e esse tipo de pergunta é típica do futebol brasileiro. A pressão vem de todos, é normal. Toda uma conjuntura obriga os profissionais do futebol a trabalharem com vitória e nada mais. Somos constantemente pressionados, só que isso temos que reverter. E trabalhar.”

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