Indicada a melhor atleta do Brasil, Beatriz Ferreira comemora ‘ano sensacional’
Pugilista concorre ao Prêmio Brasil Olímpico 2019, do COB, com Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, e Nathalie Moellhausen, da esgrima
Após ser eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como o principal destaque do boxe brasileiro de 2017, Beatriz Ferreira voltará ao palco do Prêmio Brasil Olímpico neste ano. Desta vez, contudo, a atleta integra rol das três mulheres indicadas para o troféu de melhor atleta do ano, entre todas as modalidades olímpicas. Bia concorre com Ana Marcela Cunha (maratona aquática), que ganhou em 2018, e Nathalie Moellhausen (esgrima). A vencedora será anunciada na cerimônia do evento, marcada para 10 de dezembro, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ).
À Tribuna, Bia, que desfruta de rara semana de folga com sua família em Juiz de Fora, comemorou a nova indicação do COB. “Fiquei muito feliz de mais um ano estar participando da premiação. E, além de ser a melhor atleta do boxe, estar concorrendo como a melhor atleta do Brasil me deixou muito feliz. É o resultado de todo o meu desempenho, de tudo o que venho treinando e me dedicando em busca de bons resultados. Fico muito contente e com muito mais vontade de que isso se repita ainda mais vezes”, declara.
A atleta de 26 anos se tornou, ao longo das últimas temporadas, uma das principais esperanças brasileiras na Olimpíada de Tóquio 2020. Somente neste ano ela disputou 25 competições, indo ao pódio em 24 delas. Entre as conquistas pela categoria até 60kg, Bia foi campeã pan-americana em Lima, no Peru – medalha inédita para o boxe feminino brasileiro; ouro no Campeonato Mundial Feminino da Associação Internacional de Boxe (Aiba), em Ulan-Ude, Rússia – evento de mais elevado nível técnico antes dos Jogos no Japão em 2020; e prata nos Jogos Mundiais Militares em Wuhan, na China.
“Foi um ano sensacional, em que consegui ter bons resultados, apesar de que desde 2017 venho tendo boas temporadas. Mas esse ano foi de amadurecimento. Tudo o que aprendi em 2017 e 2018 me deixou mais preparada e confiante para as competições. E tive um desempenho bom, consegui deixar de cometer alguns erros, o que foi sensacional. Estou podendo acompanhar o meu crescimento no esporte, e isso me deixa muito orgulhosa e confiante para 2020”, reitera Bia.
Foco no Pré-Olímpico
A pugilista baiana, que mora em Juiz de Fora há mais de 14 anos, volta para São Paulo já na próxima semana, para reintegrar a Seleção Brasileira de boxe. O foco passará a ser um torneio que rende vaga para Tóquio 2020, visto que as competições deste ano não eram classificatórias para os Jogos do Japão.
“Tenho uma competição na Finlândia, mas ainda não sei se vou ficar treinando e fazendo exames no Brasil ou se vou pra lá, até porque no início do ano que vem tem uma competição muito importante, o Pré-Olímpico. O que vier vamos tentar aproveitar o máximo possível para poder ganhar experiência”, explica.
Prêmio Brasil Olímpico
O evento organizado pelo COB completa 21 anos e irá celebrar a melhor campanha da história do país em Jogos Pan-Americanos. Com 260 atletas representando o Brasil, foram conquistadas 169 medalhas na competição realizada em agosto e todos os esportistas serão homenageados na cerimônia. Concorrem ainda ao prêmio de melhor atleta do ano no masculino o trio Arthur Nory (ginástica), Gabriel Medina (surfe) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade).
Tópicos: boxe