Além do Minas Láctea, JF sedia mais dez feiras
Além do tradicional Minas Láctea, que coloca Juiz de Fora na rota do turismo nacional de negócios, o município deve sediar outros dez feiras este ano. O levantamento é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedettur). Depois da versão diminuta realizada no ano passado, o evento da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) volta a apresentar seu formato completo em 2017, prometendo reunir cerca de dez mil pessoas nos três dias de programação.
Este ano, o tema do Congresso Nacional de Laticínios é “A indústria de laticínios na era das startups”. Uma novidade, adianta o chefe-geral do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), Claudio Furtado Soares, é a participação da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe) da UFJF. Segundo ele, a instituição deve fazer a gestão do evento, apresentando “uma dinâmica diferente”. Apesar de não divulgar muitos detalhes sobre a iniciativa, Soares explica que a meta da parceria é fortalecer o evento, estimulando o engajamento dos agentes locais, para que a cidade se torne mais atrativa para os turistas que chegam para participar do congresso.
A UFJF, por meio de sua assessoria, afirmou que a Epamig é credenciada à fundação e que o papel da Fadepe, portanto, é o de atuar no gerenciamento operacional, trabalhando para agilizar compras e licitações, com o objetivo de que o Minas Láctea ocorra dentro do esperado.
Conforme a Epamig, a realização do Minas Láctea 2017 – considerado um dos principais eventos do setor lácteo na América Latina – está confirmada para o período de 18 a 20 de julho, em Juiz de Fora. No formato completo, engloba o 31º Congresso Nacional de Laticínios, a 43ª Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq), a 43ª Exposição de Produtos Lácteos (Expolac), o 43º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, além da Semana do Laticinista.
Mais uma vez, as atividades serão realizadas no Expominas Juiz de Fora e nas dependências do ILCT. A expectativa é que cerca de cem empresas e instituições parceiras exponham no pavilhão principal do Expominas este ano. “A Expomaq é uma oportunidade para que empresas do segmento laticinista do Brasil e do exterior apresentem novidades em maquinários, embalagens e insumos, prospectem negócios e concretizem vendas. O público composto por empresários do setor, técnicos, professores e estudantes da área de alimentos é outro grande atrativo.” A programação completa ainda não foi divulgada.
Outros eventos
Pelas contas do titular da Sedettur, João de Matos, dentre os eventos programados para este ano estão feiras de automóveis antigos e exposição de orquídeas, além de eventos especializados em artesanato, festas e calçados para o segmento lojista. Há, ainda, promoções de Sebrae, Minaspetro e Associação Mineira de Supermercados (Amis) previstas para este ano (ver quadro). O secretário diz que está em negociação a realização de uma feira com os cervejeiros juiz-foranos.
Desta programação, apenas um evento será realizado no Expominas. “Temos observado que, ao longo dos anos, o modelo de feira tradicional está mudando. Os eventos estão ficando cada vez menores até pelo modelo de gestão. Há uma nova maneira de fazer.” Sobre o equipamento disponível na BR-040, Matos avalia que a demanda regional para ocupação é baixa, fazendo com que o núcleo se torne um espaço misto, mais utilizado para festas de grande porte, como formaturas.
“Em função do aparelhamento e da rede hoteleira da cidade, estamos tentando achar novos produtores de grandes eventos em centros já saturados.” Na sua opinião, apesar do custo operacional elevado, o Expominas ainda não teria encontrado a sua vocação. “Há instrumentos que levam algum tempo para que aconteçam.” Procurada, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), gestora do espaço, informou que está avaliando o assunto e as próximas ações referentes ao Expominas Juiz de Fora, “que serão divulgadas oportunamente”.