Condomínio de indústrias de alimentação na 040 pode avançar em 2017


Por Fabíola Costa

27/12/2016 às 18h57

O primeiro condomínio de indústrias de alimentação de Juiz de Fora pode se concretizar em 2017. Esta é a expectativa do secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, João de Matos, que teria recebido da diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Machado, a promessa de área para sediar o núcleo, um terreno localizado às margens da BR-040, que será incorporado ao Distrito Industrial. O projeto foi idealizado e é defendido há pelo menos seis anos pelo Sindicato das Indústrias de Alimentação de Juiz de Fora, com apoio da Fiemg. No aglomerado produtivo das indústrias de alimentação, também chamado de “cluster”, as empresas, unidas física e estrategicamente, buscam ganhos em logística, produtividade, visibilidade e competitividade. O investimento estimado pode chegar a R$ 52 milhões.

O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) nas redes sociais. Ele afirma que “a medida é mais uma ação importante no projeto que está trazendo a M. Dias Branco, gigante de massas e biscoitos, para o nosso município.” O prefeito ainda parabeniza a presidente do sindicato, Flávia Costa, pelo empenho. Segundo ela, o pleito insistente por esse terreno, há tanto tempo, deve-se à necessidade de garantir espaço para as pequenas empresas do ramo crescerem. O projeto original do cluster prevê, além da instalação física das empresas, ambiente de interação, salas de reunião, refeitório, área de lazer, segurança e central de reciclagem.

Além da localização estratégica, está previsto o rateio das despesas comuns, visando a reduzir custos de operação, além de suporte administrativo. A estimativa inicial é que o núcleo possibilite o crescimento médio de 154% no faturamento e 120% na produtividade anual. A prioridade será para micro e pequenas empresas do ramo. Mesmo após a oficialização da doação, afirma Flávia, é importante que seja garantida infraestrutura para que os negócios se instalem no local, por meio de parceria entre Prefeitura e Estado.

Segundo o associado André Araújo, o empreendimento deve reunir entre 20 e 25 empresas, num prazo de três a quatro anos, com a perspectiva de criação de 1.200 empregos diretos. Caso a área seja doada, afirma, abre-se espaço para o pequeno empresário do ramo, que hoje tem dificuldade para encontrar bons galpões para a produção de alimentos. Segundo ele, se a Prefeitura garantir a infraestrutura para comportar as empresas, como a área terraplanada, o prazo de um ano para a instalação dos primeiros negócios pode ser possível. “Apesar de serem díspares, as empresas do ramo têm similaridade, levando a uma ótima simbiose, com ganhos de competitividade e eficiência.”

Conforme o secretário João de Matos, a área de aproximadamente 70 mil metros quadrados está localizada entre a Codeme Engenharia e o trevo de acesso ao Distrito Industrial. O espaço pertence à Codemig, mas será incorporado ao distrito, que prepara-se para ser administrado pelo Município. A expectativa, agora, é pela formalização da medida pela companhia mineira, que foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta edição. “É um sonho antigo que será materializado”, aposta o secretário.

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