Grupo indiano adquire Medquímica


Por GRACIELLE NOCELLI

26/08/2015 às 07h00- Atualizada 26/08/2015 às 08h37

Segundo IMS Healph, dipirona sódica fabricada em JF é a mais vendida no país (Márcio Brigatto)

Segundo IMS Healph, dipirona sódica fabricada em JF é a mais vendida no país (Márcio Brigatto)

O grupo indiano Lupin, um dos dez maiores do mundo em vendas no segmento farmacêutico, adquiriu a empresa juiz-forana Medquímica, que atua há 40 anos no setor. O valor do investimento não foi divulgado, mas após a transação, concluída em junho deste ano, já foi iniciado o trabalho de ampliação em uma das fábricas da cidade e a qualificação dos 560 funcionários. A expansão para novos mercados no exterior e a inclusão de novos produtos são metas previstas para os próximos cinco anos.

Em meio à retração econômica do país, a projeção de crescimento feita pela empresa juiz-forana se destaca. Só no ano passado, ela registrou receita líquida de R$ 94 milhões. A dipirona sódica produzida pela Medquímica é a mais vendida no Brasil, de acordo com levantamento feito pelo IMS Health, uma empresa de consultoria para a indústria farmacêutica e de saúde .”Estamos otimistas com o crescimento dos resultados. O país tem uma população que está envelhecendo e, por conta disso, aprendeu a se cuidar melhor. O segmento farmacêutico, embora sofra com a crise, demora mais para ser impactado. O mercado ainda se mostra bastante interessante”, destaca o presidente da Medquímica e da Lupin no Brasil, Ricardo Lourenço.

Segundo ele, o interesse da Lupin pela Medquímica ocorreu há cinco anos, quando o grupo decidiu aumentar a participação no mercado brasileiro. Desde então, a empresa passou a se preparar para a transação. “O grupo é muito tradicional no exterior, e para nós recebermos o escopo de uma multinacional é uma oportunidade a mais de investir em tecnologia e qualidade. A Lupin também preza muito pela área de pesquisa.” Lourenço destaca que a multinacional é a maior do mundo em fornecimento de medicamentos para tuberculose.

Ele explica que, por conta das regulações características do setor farmacêutico, o crescimento da linha produtiva e a chance de conquistar novos mercados necessitam de um tempo maior. Mas os impactos da aquisição para o mercado consumidor nacional serão muito positivos. “Já estamos trabalhando em melhorias da nossa fábrica de produtos líquidos, investindo em equipamento, na linha produtiva e iremos expandir a nossa capacidade”, adianta.

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