R$ 4,2 mi para ‘Minha casa melhor’ em JF
Cerca de R$ 4,2 milhões já foram utilizados pelos juiz-foranos para compra de móveis e eletrodomésticos por meio do programa Minha casa melhor, linha de crédito lançada há seis semanas pela Caixa Econômica Federal (CEF). O benefício é destinado às famílias que conquistaram sua casa própria pelo Minha casa, minha vida (MCMV). Segundo a assessoria de comunicação da Caixa, este montante refere-se aos 860 contratos já assinados no município, uma média de 143 cartões liberados por semana. Cada um deles possui o limite de R$ 5 mil a ser utilizado em lojas credenciadas a medida em que a família julgar necessário. Em Juiz de Fora existem 32 estabelecimentos autorizados a fazer as transações. Após assinado o contrato, o crédito fica disponível para utilização por um ano, e o valor gasto deverá ser pago em 48 parcelas, com taxa única de juros de 5% ao ano. Não existe análise de crédito, porém, para receber o benefício, é preciso estar em dia com as prestações do financiamento e já ter recebido as chaves do imóvel.
Conforme explica o superintendente regional da Caixa Sudeste MG, Luiz Guilherme de Campos, todos os beneficiários do MCMV, desde a sua implantação, em 2009, podem solicitar o cartão, inclusive aqueles que já quitaram a casa ou o apartamento. Quando lançamos o programa procuramos levar todas as informações possíveis, inclusive, para os moradores dos nove conjuntos habitacionais existentes em Juiz de Fora, que precisam de um meio facilitado para mobiliar suas casas. Realizamos vários encontros e esclarecemos dúvidas, além disponibilizar o telefone (0800-726 – 8068). Mesmo abrangendo todas as modalidades, a maioria dos contratos assinados na cidade – 780 – pertencem à Faixa I, que corresponde a famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Setenta e seis foram firmados na Faixa II, destinada a famílias com renda mensal entre R$ 1.600 a R$ 5 mil, e outros quatro, na Faixa III, para quem tem renda acima de R$ 5 mil.
Os R$ 5 mil de crédito devem ser utilizados para a compra de até dez itens básicos estipulados pelo Governo, sempre condicionado ao limite máximo estabelecido por item. Entre os produtos com compra autorizada estão TV digital (de até R$ 1.400), geladeiras (até R$ 1.090), fogão (até R$ 599) e computador (até R$ 1.150).
Incentivo
Na visão do superintendente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Sérgio Castro, o programa oferece incentivo inédito para comércio, semelhante ao que acontece com a indústria, que já vinha sendo contemplada pelo Governo com medidas que ajudam a fomentar o setor. É um fato novo e muito bem vindo, principalmente por se tratar de consumo de produtos de linha branca. É uma oportunidade para o setor do comércio sair do sufoco e tomar um novo fôlego, projetando o crescimento para este segundo semestre. Ainda de acordo com Castro, com muitos imóveis sendo construídos na cidade por meio do Minha casa, a expectativa do sindicato é que o programa perdure por muitos anos.
A rede de lojas credenciadas pela Caixa na cidade ainda pode ser ampliada. Para os lojistas, a vantagem é não ter risco de inadimplência, uma vez que o pagamento é feito diretamente pela Caixa, ressalta Luiz Guilherme. Somados, os valores máximos dos itens incluídos no programa excedem o limite de crédito, o que, na visão da Caixa, deve servir de estímulo para que o beneficiário escolha os produtos que mais lhe interessarem, pesquise e negocie os preços oferecidos pelo comércio.
