JF cai no ranking de preço de combustível mais barato em Minas
Em agosto de 2018, município ocupava segunda e terceira colocação entre as cidades com etanol e gasolina mais baratos, respectivamente; neste ano, Juiz de Fora caiu para 21ª e 17ª posições

No último ano, Juiz de Fora teve uma queda significativa no ranking das cidades mineiras com valor mais baixo de combustível. Dos 58 municípios mineiros avaliados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Juiz de Fora ocupava, em agosto de 2018, a segunda posição no preço do etanol, enquanto, em 2019, caiu 19 posições, atingindo a 21ª. Já em relação aos valores de gasolina praticados, o município, que estava em terceiro lugar em agosto de 2018, ocupa a 17ª posição este ano.
Apesar da queda em ambos os rankings, a colocação registrada neste mês não foi a pior ao longo do ano. Ao inverter a lista, com os valores mais altos de combustível, em fevereiro de 2019, a gasolina vendida em Juiz de Fora foi a oitava mais cara em Minas Gerais. Na ocasião, o litro do combustível era comercializado a R$ 4,71, com mínima de R$ 4,50 e máxima de R$ 4,899. O preço elevado virou, inclusive, objeto de investigação na 13ª Promotoria de Defesa do Consumidor. O órgão instaurou um processo para apurar se os postos estariam obtendo lucro excessivo com a venda de combustível no município.
No caso do etanol, a cidade chegou a ocupar a 15ª posição no ranking mineiro de valores mais altos. O índice também foi registrado em fevereiro de 2019, quando o valor médio foi de R$ 3,052 o litro. O juiz-forano encontrou o produto de R$ 2,82 a R$ 3,549, de acordo com o posto escolhido.
Preço do etanol sobe mais de 12% em JF
Em agosto do ano passado, quando Juiz de Fora ocupava a segunda posição no ranking das cidades com preço mais baixo do etanol, o valor médio do litro do combustível custava R$ 2,607. Atualmente, o preço médio para o consumidor é de R$ 2,925, o que representa um aumento de cerca de 12,2%. A pesquisa mais recente da ANP no município, realizada no dia 5 de agosto, aponta que o etanol pode ser encontrado pelo valor mínimo de R$ 2,670 e máximo de R$ 3,099.
Observando a evolução no preço do etanol no último ano (ver arte), o valor mais alto do combustível em Juiz de Fora foi registrado em abril de 2019, quando a média do preço para o consumidor chegou a R$ 3,217. Os valores nos postos locais variaram entre R$ 2,959 e R$ 3,725.
O preço da gasolina em agosto de 2019 também apresentou aumento ante igual período do ano passado. O valor médio praticado em Juiz de Fora é de R$ 4,595, o que significa um acréscimo de 0,52% no bolso do consumidor. Nos postos locais, o preço varia entre R$ 4,280 e R$ 4,855. Em agosto de 2018, o preço médio foi de R$ 4,571, com valor mínimo de R$ 4,239 e máximo de R$ 4,899.
O mês de outubro de 2018, entretanto, foi o mais caro para abastecer com gasolina no município ao longo do último ano (ver arte). Naquele mês, a gasolina foi comercializada a R$ 4,864, sendo que o valor máximo chegou a R$ 5,099, enquanto o preço mínimo registrado em Juiz de Fora foi de R$ 4,649.
Minaspetro não se pronuncia sobre comportamento de preços
Questionado se os valores do combustível em Juiz de Fora estariam seguindo o movimento nas refinarias, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), representante de cerca de quatro mil postos de combustíveis do estado, informou que “não estima o período para que determinadas baixas ou altas de preço dos combustíveis nas refinarias, aumento de impostos e/ou quaisquer decisões políticas ou de cunho comercial tenham impacto direto nas bombas”.
Segundo a entidade, os estabelecimentos responsáveis pela revenda dos produtos integram a cadeia de comercialização, composta por “players” durante todo o processo, que vai desde o refino à disponibilização do combustível ao consumidor. O Minaspetro reforçou, assim, que “os postos, sendo o último e mais visado elo no segmento de distribuição e revenda, dependem de decisões e repasses – caso estes aconteçam – por parte dos outros agentes do setor; ou seja, Governo, refinarias, usinas de etanol e companhias distribuidoras”.
O sindicato explica, ainda, que não comenta os preços das bombas por não realizar pesquisas de preço, estoque, volume de compra ou outras informações de cunho comercial junto aos postos, além de não existir tabelamento no setor. Assim, conforme a entidade, “o mercado de combustíveis é livre”. “Cada empresário define seu preço de venda, que varia de acordo com inúmeros fatores, tais como estratégias comerciais, localização e concorrência, entre outros.” O Minaspetro reforçou, também, que demonstra “insatisfação” sobre a “alta tributação incidente sobre os combustíveis, que sufoca o empresário, fecha dezenas de estabelecimentos em todo o Brasil e impede o crescimento sustentável do país.”