Venda de artigos carnavalescos começa a aquecer em JF

O pequeno Felipe Duarte, 1 ano e 2 meses, mora no estado que transpira Carnaval, a Bahia, mas veio comprar a fantasia em Juiz de Fora. Ele nasceu aqui e está aproveitando as férias para visitar a avó, Bernadete Duarte, que não disfarçou o encantamento de ver o netinho vestido de palhaço. Para quem ainda ensaia os primeiros passinhos, na vida e no samba, a fantasia é só mais um acessório para valorizar o charme e a simpatia natos do aprendiz de sambista.
A demanda por fantasias infantis, tecidos, acessórios e adereços movimenta as lojas especializadas em Juiz de Fora. Entre os lojistas do setor, a apreensão, típica do início do ano, perdeu espaço para o otimismo de que, se não empatarem, as vendas sazonais podem até superar as de 2016. Para os empresários, ainda é cedo para estimar percentuais. A animação, no entanto, é motivada pelo aumento no número de clientes desde a última semana.
A proprietária da Casa Combate, Cláudia Moysés Franchini, comenta que estava preocupada com o desempenho da data este ano. Nos últimos dias, porém, identificou aumento da procura não só de juiz-foranos, mas também de moradores das cidades próximas, cuja presença é considerada fundamental para o resultado do Carnaval. De olho no momento economicamente delicado, Cláudia diz que se preocupou em diversificar o estoque, trazendo à loja as novidades do setor. Com um acessório florido na cabeça, a proprietária garante que a partir de R$ 8 já é possível entrar no clima da folia, sem comprometer o orçamento doméstico.
Sem deixar o cliente esperando, a proprietária da Casa Chic, Mounira Rahme, comemorou o aumento das vendas nos últimos dias e acredita que é possível elevar o faturamento em relação ao mesmo período de 2016. O fato de as escolas de samba voltarem a desfilar em Juiz de Fora foi considerado um ganho para o setor, assim como a presença crescente de moradores de outras cidades.
Os irmãos Márcio e Marcelo Alves e o cunhado Cristiano Araújo são de Juiz de Fora, mas pretendem curtir o Carnaval em Piraúba. O trio foi às compras esta semana e, em meio a tantas opções, escolheram tecidos para confeccionar as fantasias. A tarefa da costura ficará por conta da mãe dos foliões Márcio e Marcelo. Para eles, o preço está acessível, e as lojas ainda não estão muito lotadas, o que facilita a escolha e estimula as compras.
Procon orienta compra de produtos carnavalescos
Nas compras de Carnaval, o Procon orienta que o consumidor deve realizar pesquisa de preços e procurar adquirir artigos em lojas especializadas. A agência não recomenda a aquisição de produtos comercializados por ambulantes, mesmo que apresentem preço atraente. “É que eles não possuem, muitas vezes, a mesma segurança, expondo o folião, principalmente crianças, a riscos graves. Além disso, não é fornecida a nota fiscal”, explica o superintendente Eduardo Shcröder.
Se a opção é por espumas, fogos ou sprays, os itens devem estar armazenados em frascos totalmente lacrados. Ao adquirir esse tipo de produto deve ser verificada, no ato da compra, se a válvula está funcionando de maneira correta, evitando acidentes. Ainda segundo o Procon, os tecidos que compõem as fantasias devem ser laváveis, contendo as instruções de uso e etiqueta, indicando sua composição. Já as máscaras não podem ser fabricadas com material tóxico ou de fácil combustão.
Se o produto for destinado à criança, o cuidado deve ser redobrado. Conforme Schröder, o consumidor deve verificar se o artigo é adequado à faixa etária a que se destina e se há riscos para a segurança, como intoxicações e asfixia, entre outros problemas. Todos os produtos devem possuir o selo do Inmetro, comprovando que ele foi devidamente testado, aprovado e que se encontra dentro das exigências legais.