Vendas devem permanecer estáveis no Dias dos Namorados

O farto buquê de rosas vermelhas, protegido no colo da estudante Ranielly Dias Leonel, contrastava com a tarde cinza desta quinta (9). O jovem Marcos Vinícius Souza antecipou o presente e acertou em cheio o gosto – e o coração – da namorada. Ranielly ainda não sabe como vai retribuir o carinho, mas não deixará de comprar um presente até domingo, garante. O casal está entre os consumidores que garantiram uma melhora do movimento no comércio, nas vendas para os Dias dos Namorados. A três dias para a data, corações e balões vermelhos tomam as vitrines, mas lojas ainda permanecem vazias à espera de clientes de última hora. Para facilitar a vida dos apaixonados, o comércio funciona em horário estendido neste sábado (11), com a possibilidade de as lojas ficaram abertas até as 18h.
Para homenagear os casais que frequentam a loja, a gerente Daiana Oliveira teve a ideia de afixar as fotos enviadas pelos clientes na vitrine, em formato de coração. “Foi a maneira que encontramos para homenageá-los e não cair no tradicional.” Na avaliação de Daiana, o movimento está fraco, mas há a expectativa de que a procura de última hora possa alavancar as vendas. Segundo ela, o tíquete médio das compras têm variado entre R$ 140 e R$ 150. Na loja, a aposta é que o faturamento se mantenha em relação ao do ano passado. Na Color Station, a percepção é que houve aumento da procura esta semana. As expectativas, no entanto, estão concentradas nas vendas na véspera do Dia dos Namorados. Na loja, as compras por cliente estão em torno de R$ 150, afirma a caixa Jéssica Cláudio da Silva.
Na avaliação do superintendente do Sindicato do Comércio (Sindicomércio), Sérgio Costa, a economia está instável, e o consumidor, cauteloso. Para ele, no entanto, a tradição da data vai motivar os juiz-foranos a comprarem um presente até domingo. Na pesquisa divulgada pelo órgão, o tíquete médio, este ano, encontra-se acima de R$ 90, e a preferência é por presentes úteis, como peças de vestuário. “O consumidor está procurando preço.” Para o superintendente, dificilmente as vendas este ano vão superar as de 2015. E, se acontecer, o faturamento não deve superar o percentual de 3% em Juiz de Fora.