‘Fake’: Anvisa proíbe venda de bebidas de sabor café

Inspeção verificou que os produtos similares ao café apresentavam irregularidades


Por Tribuna

03/06/2025 às 16h19- Atualizada 03/06/2025 às 16h22

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Foto: Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de marcas de pó para o preparo de bebidas de sabor café nesta segunda-feira (2). De acordo com a agência, após a medida, fica proibida a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso destes produtos.

A inspeção, realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), verificou irregularidades nas condições de produção. Dentre os problemas encontrados estão o uso de matéria-prima imprópria para o consumo humano, presença de matérias estranhas e impuras, como cascas e resíduos de café, contaminação dos produtos, além de produtos com embalagens que podem levar ao erro e à confusão do consumidor.

Os produtos e marcas proibidas são os pós para preparo da bebida sabor café das marcas Master Blends Indústria de Alimentos Ltda, Melissa – D M Alimentos Ltda, e Pingo Preto da Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda.

Quando o café não cabe no bolso

No mês de abril, o café moído teve uma variação de preço de 4,48%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o aumento chegou a pouco mais de 80%, sendo um dos produtos que mais encarecem neste ano.

Com essa alta do preço do café, abriu-se uma janela para a comercialização de produtos similares. O pacote do pó para o preparo de bebidas de sabor café, por exemplo, estava sendo vendido pela metade do preço do pó de café. Além disso, as embalagens, com designs parecidos aos de marcas tradicionais do comércio, induziram o consumidor ao erro e à confusão, podendo levá-los a comprar um produto achando que era um diferente.

A Tribuna tentou contato com as empresas que foram  proibidas de comercializar o produto, sem sucesso até esta publicação, que permanece aberta para os posicionamentos. A Associação Brasileira da Indústria de Café também foi demandada, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

 

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