Longa ‘Duas Iguais’ é gravado em Juiz de Fora com participação de artistas locais
Longa baseado na obra de Cíntia Moscovich filma na cidade até dezembro e também reúne nomes conhecidos do cinema brasileiro
As ruas de Juiz de Fora são cenário para as filmagens de “Duas Iguais”, adaptação do livro homônimo de Cíntia Moscovich. As gravações ocorrem em diferentes bairros, como Centro e Bom Pastor, e seguem até 20 de dezembro. Dirigido pela cineasta goiana Simone Caetano, com roteiro de Anna K. Lacerda, Germana Belo e Cristina Gomes, o longa narra a relação entre Clara e Ana, ambientada na comunidade judaica em dois períodos distintos. A história se inicia em 1975 e avança para 1994, quando as personagens se reencontram após seguirem caminhos diferentes.
Na primeira fase, as jovens vivem um romance em meio às descobertas da adolescência. Anos depois, uma delas se casa, enquanto a outra se torna jornalista ligada a pautas de esquerda. O reencontro, em meados da década de 1990, reacende as questões do amor, da paixão e dos conflitos internos, especialmente da personagem que seguiu a carreira jornalística. Ainda na juventude, em 1975, as duas chegam a criar um jornal escolar, experiência que marca a trajetória de uma delas.
A produção reúne nomes conhecidos do cinema brasileiro, como Claudia Ohana, Bellatrix Serra, Letícia Canavalle, Thiago Mendonça, Renato Farias, e é uma coprodução da Balacobaco Produções (Goiânia) com a Cafeína Produções (Rio de Janeiro).
Atores locais participam do filme

Além de nomes consagrados, a produção conta com talentos da região, como a atriz juiz-forana Pri Helena e o são-joanense, radicado em Juiz de Fora, Vinícius Cristão. O ator interpreta Uri, irmão da protagonista Clara, vivida por Bellatrix Serra.
Vinícius explica que Uri, seu personagem, é judeu e mais conservador, principalmente em relação às questões da modernidade e à descoberta afetiva da irmã com outra mulher. Ele é mais ligado ao pai e às preocupações com o dinheiro. Já o outro irmão, Elias, interpretado por Thiago Mendonça, aparece como contraponto mais liberal dentro da família.
Além do seu papel, o ator celebra o fato de a produção abrir espaço não só para atores, mas também para profissionais locais em áreas como figurino, maquiagem e parte técnica, defendendo que grande parte dessa mão de obra seja, de fato, de Juiz de Fora. Ele reconhece que os filmes costumam chegar à cidade com o “núcleo duro” (elenco principal e equipe-chave) já definido, mas provoca ao afirmar que Juiz de Fora tem atores e atrizes excelentes, em condição de assumir inclusive personagens principais.
“Isso é uma provocação que eu faço para que todo filme que venha realmente estabeleça e absorva, quanto mais, a mão de obra local. Mas isso é muito bom que esteja acontecendo para todos nós. É uma grande oportunidade que saia do eixo principal de Rio, São Paulo, Belo Horizonte, e a gente tenha essa oportunidade de ser feito em Juiz de Fora.”
As gravações de Vinícius começam nesta semana em Juiz de Fora. Ele afirma estar empolgado com o projeto: “Estou muito na expectativa desse filme. Esse filme está sendo feito muito rapidamente em Juiz de Fora. E tudo aconteceu muito rápido, né? E eu estou muito feliz mesmo de ser um dos nomes de Juiz de Fora que está fazendo esse filme, representando o Juiz de Fora, com todo o meu trabalho em Juiz de Fora.”
*Estagiária sob supervisão da editora Carolina Leonel









