Jornalista Denise Assis lança livro sobre ex-delegado do Dops

“Cláudio Guerra: Matar ou queimar” terá lançamento virtual com live em perfil de editora


Por Tribuna

29/07/2020 às 16h19

A jornalista Denise Assis lança nesta quinta-feira (30), às 19h, por meio do perfil da Kotter Editorial no Instagram (@kotter_editorial), o livro “Cláudio Guerra: Matar ou queimar”, sobre o ex-delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), órgão criado em 1924, porém mais conhecido pelas ações realizadas durante as ditaduras no Brasil, em especial durante a que durou de 1964 a 1985.

DOIS LIVRO Matar e Queimar

Para a publicação, Denise ouviu o ex-delegado, mas não resumiu seu trabalho às entrevistas com Cláudio. Ela procurou por provas, confrontou as declarações de Guerra e também buscou trazer à luz o que considera um balanço do “trabalho” feito por Freddie Perdigão, o temido diretor do DOI- CODI e que foi chefe do então delegado. Para a escritora, “Matar e queimar” é uma tentativa de recompor fatos do período da ditadura militar que muitos buscam ocultar até nos dias atuais.

Entre os destaques do livro está a denúncia de que Cláudio Guerra foi o responsável por incinerar os considerados “inimigos do regime” nos fornos da Usina Cambayba, em Campos dos Goytacazes, localizada no Norte do estado do Rio de Janeiro. De acordo com Denise _ que trabalhou em jornais como “O Globo”, “O Dia” e “Jornal do Brasil” e venceu prêmios como o Esso e Ayrton Senna de Jornalismo -, havia um material bruto sobre o período que estava guardado e que deveria ser exposto. Ela decidiu torná-lo público após o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro decidir, em julho de 2019, que eram “verdadeiras” as confissões de Cláudio Guerra a respeito do destino dado aos corpos de 12 “desaparecidos políticos” do período da ditadura.

Segundo Denise, em release distribuído à imprensa, “ao referendar e denunciar Cláudio Guerra como responsável por incinerar nos fornos da Usina Cambayba os que resistiram ao arbítrio, o MPF o transformou em um personagem sobre o qual valia a pena se deter e ouvir o que tinha a dizer. Não só pelo que pudesse contar sob a sua ótica – soando para muitos como ‘gabolice’ -, mas pelo que podia acrescentar aos episódios obscuros do período.”

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