Paulinho Moska faz show em Juiz de Fora neste sábado

A apresentação será no Sensorial; violões usados no espetáculo foram produzidos a partir de madeiras que sobraram no incêndio do Museu Nacional


Por Cecília Itaborahy, sob supervisão do editor Marcos Araújo

21/10/2022 às 07h00

Paulinho Moska
Repertório de Paulinho Moska passeia pelos seus clássicos, com a sonoridade dos violões feitos com madeiras bicentenárias que faziam parte da estrutura do Museu Nacional (Foto: Rodrigo Simas/ Divulgação)

O bombeiro subtenente Davi Lopes não estava de plantão no dia 2 de setembro de 2018. Mesmo assim, colocou seu uniforme para combater as chamas que destruíram boa parte do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Mas, paralelo a esse trabalho como militar, Davi tinha uma outra função: a de luthier. O resto das madeiras dos incêndios que já tinha combatido, virava material para a produção de instrumentos, sobretudo os violões. Naquele dia, ajudando a apagar o fogo do museu, ele teve a mesma ideia. Mas, de certa forma, um pouco maior.

A proposta era criar um grupo, que passou a ser chamado de Fênix, com pessoas de diversas áreas, para produzir ainda mais instrumentos. Essa ideia acabou virando um documentário, “Fênix, o voo de Davi”, disponível agora na GloboPlay, que tem como tema a música “Tudo novo de novo”. O grupo é formado por sete pessoas, dentre elas o Paulinho Moska. Seis instrumentos foram produzidos nesse trabalho. Paulinho “apadrinhou” dois. Eles foram usados em uma turnê que fez no começo do ano, em Portugal.

Clássicos com sonoridade bicentenária

O show “Paulinho Moska: Os violões fênix do Museu Nacional” chega a Juiz de Fora, neste sábado (22), no Sensorial. Parte do documentário é o que dá início à apresentação, exibido em um telão ao fundo do palco. O repertório é composto pelos sucessos de Moska, como a própria “Tudo novo de novo”, “A seta e o alvo”, “Pensando em você” e “Idade do céu”. Além disso, ele apresenta uma música inédita de Pixinguinha, que o cantor, recentemente, colocou uma letra com o nome de “A dor traz o presente”.

A proposta do show é celebrar a vida desses instrumentos que carregam histórias bicentenárias, seja ainda como árvores, ocupando o prédio do Museu Nacional e, agora, viajando com Paulinho Moska. E, para que o show tenha um som a altura dessas histórias, microfones de alta qualidade são usados na captação dos sons.

 

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