Juiz-foranos prestigiam primeira noite de desfile das escolas de samba de JF
Entre os presentes no local, tanto dentro da passarela quanto nas arquibancadas, a vontade era de prestigiar o carnaval da cidade com animação
O desfile das escolas de Juiz de Fora na Passarela do Samba teve início neste sábado (10), com uma escola do Grupo de Acesso II e seis do Grupo de Acesso I. Encantos da Vila, Rosas de Ouro/Roseiro da Zona Sul, União das Cores, Vale do Paraibuna, Mocidade do Progresso, Partido Alto e Unidos do Ladeira iniciaram as celebrações do carnaval de 2024 neste espaço, na Avenida Brasil. Para que o desfile acontecesse, foram centenas de pessoas envolvidas com a preparação, montagem dos figurinos, escolha das coreografias, além da organização e da limpeza. Entre os presentes no local, tanto dentro da passarela quanto nas arquibancadas, a vontade era de prestigiar o carnaval da cidade com muita animação.
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Exemplo dessa vontade de aproveitar cada segundo é Vânia Elena, de 67 anos, que sempre gostou do carnaval e buscava acompanhar os desfiles da forma que podia. Ela conta que aprendeu a sambar aos 18 anos, e este ano, após já ter participado de outras produções carnavalescas, sai pela Encantos da Vila. “Pretendo desfilar sempre, se Deus quiser. Eu gosto de estar aqui animada, com uma roupa mais à vontade, porque o que eu quero mesmo é dançar”, conta. Maria Helena Romeu, de 61 anos, também não conteve a empolgação – é o segundo ano em que sai na passarela, e desta vez vai participar da apresentação de quatro escolas. “Eu amo carnaval, samba, viajar. Estou aqui e fico querendo aprender de tudo pra desfilar”, disse.
Buscar trazer algo de novo para os desfiles também é uma das preocupações dos foliões, como Hugo Oliveira Vaz Marcelino, de 24 anos. Ele desfilou com um figurino que unia a figura de um noivo e de uma noiva em um só adereço, e afirmou que seu desejo é “trazer a diversidade para a passarela”. Não é a primeira vez que participou dos desfiles, apesar da idade: “É o meu oitavo ano. Quem gosta de carnaval, aproveita ao máximo isso aqui”, conta. Clarinha Sorriso, de 15 anos, que desfilou pela primeira vez, não escondeu a ansiedade, mas disse que pretendia dar o seu melhor e voltar muitas vezes para o Ccrnaval. “Eu tô muito nervosa, com a mão gelada. Dá vontade até de chorar. Mas sou apaixonada por samba desde criança e quero conseguir, quero que a gente leve nota máxima”, contou, enquanto se preparava para o desfile da Rosas de Ouro/Roseiro da Zona Sul.
Rainha do Carnaval celebra com ‘animação e responsabilidade’
Júlia Costa foi eleita a Rainha do Carnaval em 2024, e desfilou saudando toda a população que estava nas arquibancadas. Para ela, este contato com quem veio assistir é muito importante: “Eu amo as histórias, as trajetórias de cada um e tudo que as pessoas fazem pra estar aqui. São várias pessoas lutando para sair tudo incrível. É muito legal ver as pessoas se divertindo e se jogando, a alegria do carnaval realmente nos contagia”, afirmou. Apesar de já ter desfilado antes, as incumbências em atravessar a passarela como rainha são maiores: “Estou muito animada, mas também querendo dar o meu melhor pra todo mundo. Temos que ter um preparo físico e mental para estar aqui, dar atenção para todo mundo e fazer o que devemos. Antes eu brincava na avenida, mas agora é uma responsabilidade também”, diz.
População vira noite na arquibancada
Não é só para quem desfila que a noite é longa – para quem assiste cada coreografia e música com animação, também. Nas arquibancadas, os juiz-foranos presentes viraram a noite cantando as músicas das escolas e se divertindo, da forma que Bianca Oliveira Pereira, de 34 anos, fez com seu filho Breno, de 15 anos. Ela resolveu trazer a família justamente porque adora carnaval e queria que eles também sentissem esse amor. “Estou amando o desfile deste ano, está muito organizado e ótimo para curtir em família. A melhor parte, para mim, é a chegada dos carros alegóricos”, diz. Para Sônia Paiva, de 60 anos, vale a pena vir ocupar a arquibancada e a passarela em momentos diferentes: “Um dia venho para acompanhar os desfiles e, no outro, para estar na passarela. Gosto desses dois momentos. É muito importante ter isso na cidade para a gente”, afirmou.