Calçadão de Juiz de Fora é recriado em São Paulo para filme sobre facada em Bolsonaro
Filme “Dark Horse” é protagonizado por ator americano Jim Caviezel
As primeiras imagens de “Dark Horse”, filme que revisita a campanha presidencial de 2018 e a trajetória do ex-presidente Jair Bolsonaro, circularam na internet no último fim de semana. Nos registros divulgados nas redes sociais, o ator americano Jim Caviezel aparece caracterizado como Bolsonaro na reconstituição da cena em que o então candidato leva uma facada no Calçadão da Rua Halfeld, em Juiz de Fora.
Nas imagens, Caviezel surge usando camisa verde e amarela com a frase “meu partido é o Brasil”. O ator está sobre um palanque enquanto é aplaudido por dezenas de pessoas, e parte do público agita bandeiras com o rosto do político ao fundo.
O ator americano de 57 anos alcançou fama internacional ao interpretar Jesus em A Paixão de Cristo (2004), mas está fora da sequência do filme, A Ressurreição de Cristo, também com estreia prevista para o próximo ano.
Como mostrou a Folha de S. Paulo, o filme começou a ser rodado em São Paulo em outubro. A primeira locação de filmagem foi no Hospital Indianópolis, na zona sul da capital paulista.
Trabalhos de Jim Caviezel
O ator Jim Caviezel voltou a ganhar projeção em 2023 ao interpretar Tim Ballard no filme Som da Liberdade, produção baseada em uma história real sobre tráfico de crianças. Ao longo da carreira, participou de títulos como Além da Linha Vermelha (1998), O Conde de Monte Cristo (2002), Déjà Vu (2006) e Outlander – Guerreiro vs Predador (2008). Na televisão, tornou-se conhecido pela atuação em Pessoa de Interesse, série exibida entre 2011 e 2016.
Declarações e aproximação com movimentos conspiratórios
Nos últimos anos, Caviezel passou a ser mencionado também por declarações alinhadas a discursos e eventos associados ao QAnon, movimento conspiratório da extrema-direita norte-americana. O ator participou de encontros como a Health and Freedom Conference e a Patriot Roundup, ocasiões em que endossou narrativas que atribuem a uma elite global a prática de sequestro de crianças e outros atos sem comprovação.
Caviezel tornou-se presença frequente nesses ambientes, repetindo afirmações já contestadas por instituições independentes, entre elas a alegação de que milhões de crianças desaparecem anualmente e a existência de uma “cabala satânica” responsável pelo controle de estruturas políticas, econômicas e midiáticas. Em outras declarações, classificou as vacinas contra a covid-19 como “terapia genética” e afirmou que fariam parte de um plano de despovoamento.









