Morre o músico e produtor cultural juiz-forano Carlos D’Carreira, aos 71 anos
Sepultamento será às 10h de quarta-feira, no Parque da Saudade

Morre o músico, produtor cultural e professor Carlos D’Carreira, aos 71 anos. O juiz-forano marcou a cena local deixando um grande legado a partir do programa Gente em Primeiro Lugar da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em que fez parte desde a consolidação, em 2009, além de participar ativamente dos festivais de música na cidade durante os anos 1980. Ele também foi contrabaixista da Vitrô Blues e lançou o álbum solo “Águas negras”. O velório está acontecendo na Capela 5 do Parque da Saudade e o sepultamento será às 10h de quarta-feira (3). A causa da morte não foi revelada.
Entre os artistas da cidade, ele é lembrado como um homem talentoso e querido por muitos. Para a flautista Amanda Martins, que o conheceu na Companhia de Atores do Colégio Academia, quando eles faziam as trilhas sonoras dos espetáculos, trata-se de uma grande perda para toda a cidade. “Ele é muito querido por essa simpatia, por ser tão sorridente e feliz. Foi um grande músico e grande articulador cultural da nossa cidade”, destaca. Eles continuaram trabalhando juntos na Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). “Além do talento e de todo o artista que era, tinha uma humanidade e um coração gigantesco”, diz.
É o que também percebe o ator e diretor de teatro Marcos Marinho, que foi seu colega durante a escola e acompanhou a trajetória dele. “Já naquele momento ele atraía as pessoas com seu violão e sua voz grave. Ao longo da vida, participou de algumas bandas e gravou músicas autorais. Também foi importante o trabalho comunitário como um dos primeiros agentes culturais do programa Gente em Primeiro Lugar”, relembra. A perspectiva é reforçada pela cantora e produtora cultural Juliana Stanzani, que o conheceu em 2010 e fez parcerias musicais com ele. “Sempre tive uma admiração muito grande por ele. Ele era uma pessoa muito atenciosa e carinhosa. Uma figura mesmo, um cara que não passava batido”, diz ela.
A Funalfa, por meio das redes sociais, lamentou a perda do músico e o definiu como inesquecível para todos que conviveram com ele. “Com sua escuta generosa e sua habilidade única de criar pontes, era ele quem chegava aos bairros, dialogava com as comunidades, reconhecia os espaços e ajudava a construir caminhos para que oficinas e atividades culturais florescessem. Coordenou articuladores, apoiou oficineiros, organizou mostras e apresentações, sempre com o cuidado de quem acreditava no poder transformador da cultura”, afirmaram, em nota.









