Artesãs de Lima Duarte fazem vaquinha para participação em Feira Nacional de Artesanato
União entre associações tem o objetivo de mostrar a força e a relevância do artesanato do interior de Minas Gerais
Cerca de 50 artesãs, representantes do artesanato multicultural do município de Lima Duarte, estão em busca de participação na Feira Nacional de Artesanato em Belo Horizonte. O evento, que acontece de 6 a 11 de dezembro, já está em sua 34ª edição. No ano passado, recebeu 3.200 artesãos e 117 mil visitantes, atingindo uma renda de mais de R$ 40 milhões.
Tendo a arte como principal fonte de renda e de expressão, a pluralidade de artesãs vai desde as que estão nessa jornada há 5 anos, a outras que já possuem décadas de estrada. Para Miriam Duque, secretária da Caminho da Serra, a Feira Nacional contribui para a visibilidade nacional das participantes. “Artesãs de uma pequena cidade, como Lima Duarte, terão oportunidade de exporem seus trabalhos, conhecerem outros artesãos e aprenderem como funciona um evento que recebe milhares de pessoas interessadas em comprar artesanato de diversos lugares de Minas”, afirma.
As mulheres artesãs formam a união entre três associações da cidade, Linhas de Minas, Apoio ao Artesão e Caminho da Serra. Segundo Miriam, a mobilização para a Feira começou quando a Associação Caminho da Serra foi convidada pela Emater de Lima Duarte para se fazer presente no evento. Contudo, para realizar o sonho é preciso arcar com alguns custos, como transporte das mercadorias e permanência de seis pessoas durante os dias de evento em Belo Horizonte. Foi neste momento que surgiu a ideia da vaquinha virtual, além de outras frentes de arrecadação, como rifas e o livro de ouro. “Estamos envolvendo nossos amigos, conhecidos, família e toda a sociedade para que o artesanato produzido em Lima Duarte, na Zona da Mata, seja um referencial de beleza e qualidade na Feira Nacional”, conta.
A oportunidade de participar em um evento de tamanha relevância também significa ganhar espaço para a demonstração das riquezas de produtos originais e locais. Dentre a pluralidade de temas que envolvem a produção de um artesanato sustentável, alguns destaques vêm dos bordados que representam a fauna e a flora do interior de Minas, o trançado com fibras naturais e tear manual, além de papelaria afetiva, produtos de fitoterapia e mais variedades. “Queremos mostrar a qualidade do artesanato das Associações Linhas de Minas, Apoio ao Artesão e Caminho da Serra como uma forma de resgate cultural e valorização do trabalho manual, tão simples, mas também tão belo. Para nós também é importante a possibilidade de vender os produtos e fomentar a comercialização do artesanato limaduartino, em uma das maiores feiras de artesanato da América Latina”, enfatiza Miriam.
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