22ª Campanha de Popularização Teatro & Dança de Juiz de Fora começa nesta sexta-feira

Com abertura marcada para esta sexta-feira (1º), a 22ª edição da Campanha de Popularização Teatro & Dança de Juiz de Fora (CPTD) inicia as atividades na cidade. A programação engloba 40 espetáculos e seis oficinas, a serem realizados em diferentes teatros e centros culturais ao longo deste mês de agosto.

O espetáculo de inauguração, “Geni”, já com ingressos esgotados, ocorre às 19h no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM) e é realizado pelo coletivo ubaense Teatro Experimental Libertas. Os ingressos para as demais atividades podem ser adquiridos no trailer da APAC-JF, no Parque Halfed, ou uma hora antes das sessões na bilheteria dos teatros. 

“Nosso objetivo é poder democratizar e popularizar as artes cênicas em Juiz de Fora. Nós queremos fazer uma ocupação bastante expressiva dos espaços culturais da cidade e movimentar os artistas e os produtores locais, para que eles também possam ter um momento para mostrar o seu trabalho”, explica um dos organizadores da edição e vice-presidente da APAC, Thiago Fontoura.

Ele destaca que “tudo está sendo feito de forma bem acessível pra que as pessoas possam ter contato com as mais diferentes linguagens num valor bem popular. É importante também promover um movimento de descentralização dessa arte, né? Muitos espaços que são utilizados e algumas propostas que são apresentadas ocorrem fora da região central, como os bairros Benfica e Linhares.”

Uma programação extensa e diversificada

A edição de 2025 da CPTD inclui o 1º Festival de Cenas Curtas da APAC/JF, marcado para este fim de semana. A programação  gratuita acontece às 18h de sábado (2) e às 17h de domingo (3). Serão 13 obras realizadas por artistas de Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Mente de macaco”, “Ovo de Páscoa”, “O fim da aventura humana na terra”, “Lugar nenhum”, “Abismos! Entre o grito e o silêncio de uma mente inquieta”, “Enquanto eu lembrar”, “Choro de Midas”, “A cidade”, “10 minutos”, “Se meu pai usasse calcinha”, “Memento Mori”, “De coração pra coração” e “Lauaretê – o caçador de onça” serão exibidas no Teatro da Sociedade Filarmônica. Também está previsto um cortejo de artistas e apoiadores no sábado, a partir das 10h, com direção ao CCBM. 

Fontoura informa que a seleção das peças e a organização dos espetáculos ocorrem por demanda espontânea e que qualquer artista pode participar, seja da dança, do teatro ou de alguma outra linguagem que converse com essas áreas. “Estamos recebendo uma resposta muito positiva do público, sobretudo porque a campanha tem uma diversidade muito grande de linguagens. Temos artes circenses, comédia, drama, espetáculos musicais e também um forte impacto com questões sociais”, elenca.

O produtor destaca as parcerias da campanha com as redes públicas municipal e estadual de ensino, com o Centro de Atendimento dos Idosos e a preocupação em inserir intérpretes de Libras em espetáculos, além da facilitação do trânsito de pessoas com mobilidade reduzida como ações para ampliar o acesso do público aos eventos.

Entre musicais e danças 

A dança, expressão artística presente em diversas companhias de Juiz de Fora, marca presença em duas apresentações. “RAQSA, a dança: um espetáculo em dois atos” , do grupo Escola Mares das Artes, retrata a dança do ventre, o jazz e o sapateado. O evento ocorre no dia 23, às 20h, no Teatro Solar. Já a apresentação “Dancing Disney”, da Academia Over Jazz, será no dia 30, às 16h, no Teatro Paschoal Carlos Magno.

“Participar da Campanha de Popularização é uma grande alegria e, também, uma responsabilidade. Acreditamos na arte como ferramenta de transformação e encantamento, e estar nesse movimento significa levar cultura e sonhos a um público mais amplo. É uma oportunidade de democratizar o acesso à arte e celebrar a magia do teatro e da dança com todos”, afirma a integrante da Academia Over Jazz, Elenize Seguro.

Os musicais também integram a programação. O espetáculo “Rocky Horror: bela descoberta do sado-mítico” será apresentado no domingo (3), às 20h, no Teatro Solar. Realizado pelo grupo Cravo Verde, aborda a revolução sexual que ocorre na mansão do Dr. Frank’N’Furter, onde os noivos Téo e Claudete se abrigam depois de se perderem em uma viagem.

“Fernand Brant e tudo que a gente sonhou”, do grupo Ponto de Partida, é um espetáculo acessível em Libras que retrata os processos criativos da cabeça de um poeta. Ele será realizado no Teatro Paschoal Carlos Magno, às 20h, em duas sessões, nos dias 8 e 9. Já no dia 16, o espaço recebe, às 20h, o espetáculo “O despertar da primavera”. A obra, realizada pelo grupo Fact!, aborda os tabus da adolescência na Alemanha do século 19.

“A Campanha é um momento de aproximação. Ela aproxima os produtores com um objetivo em comum, aproxima a arte do público pelo seu caráter mais popular. Esperamos, sem dúvida, a presença e grande participação popular. São espetáculos para todo tipo de gosto, então o público tem a oportunidade de se surpreender com muita variedade artística”, relata o produtor de teatro musical da Fact!, Paulo Monttero.

“Chicago – O Musical”, do grupo Entreato Produções Artísticas, retrata Roxie Hart e Velma Kelly numa competição por fama e liberdade. A apresentação será no dia 17, às 19h, no Cine-Theatro Central. Encerrando as apresentações de música, “Ney e eu – Tributo a Ney Matogrosso”, de Marcus Amaral, conta a história pessoal do artista por meio de suas obras. Com início previsto para às 16h, o espetáculo será realizado no dia 31, no Teatro Paschoal Carlos Magno.

Contos, dramas e comédias

Entre os dias 10 e 29, será a vez das perfomances de comédia, tragicomédias e standups. Na programação estão enredos sobre conflitos familiares e pessoais com doses de humor a releituras de contos infantis.

“Esse é o meu show”, “Vem para mim”, “Velório – pra morrer de rir!”, “Um barraco terapêutico”, “O grande espetáculo dos Irmãos Grimm”, “Mentiras que te contam: a ‘3ª’ idade é a melhor; pernilongo ‘tb’ tem alma; e outras mais picantes!” , “Meu amor o que você faria se só te restasse este dia?”, “Minha sogra é um pitbull” e “Amélia é que era mulher de verdade” integram essa etapa de apresentações.

Já as sessões de dramas e terror estão agendadas  entre os dias 2 e 31 em diferentes espaços e incluem “O marinheiro”, “A última valsa a três”, “Sujeito estranho 3.0”, “Quanto vale?”, “Entre 4 paredes”,  “A copa”, “O véu da fúria”, “O preço da cura”, “Na estrada”, “Vila Feitiço” e “Seu Zé”.

“Em um momento onde tanta gente busca sentido e cura, o espetáculo surge como um chamado. A Campanha permite que essa mensagem chegue mais longe e mais fundo, cumprindo seu propósito. A arte tem o poder de abrir portais internos e, quando acessível, ela cumpre ainda mais seu papel transformador. Nosso maior retorno é ver que tocamos vidas — mesmo que em silêncio, mesmo que num gesto ou num olhar ao final da apresentação”, afirma a integrante da Base 8, responsável pela obra “O véu da fúria”, Claudiah Mesquita.

A Sala Multimeios do Museu Ferroviário ainda recebe o espetáculo “Eu conto o meu, o seu, os nossos contos…”, do Grupo Nzinga de Contadoras de Histórias. A atividade ocorre no dia 17, às 19h, e traz contos africanos e indígenas.

Teatros para o público infanto-juvenil e oficinas abertas ao público

A campanha de 2025 reúne diversos artistas que participam de atividades voltada para a infância e a juventude. Com duração de até 70 minutos, as apresentações abordam temas de ficção e educação infantil.

A programação inclui: “A verdadeira princesa”, “Pluft o fantasminha”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Alice”, “Novas mágicas e velhas tonteiras”, “Assinado, Téo.”, Dois idiotas sentados cada qual no seu smartphone”, “O mistério do teatro voador”, “A bruxinha que era boa”, “A cigarra e a formiga” e “Luz ancestral”.

“A gente se importa muito com trabalhos voltado para a infância e para a juventude para que a gente possa, desde muito cedo, trazer crianças pros eventos e formar esse público. É uma formação forte porque tem um público familiar ali, vai o pai, a mãe, a criança, uma tia, um tio, um primo… Então, a gente tem espetáculos diversificados, que falam com diversas linguagens”, afirma Fontoura. 

A CPTD também realiza seis oficinas abertas ao público. Com vagas entre 16 a 50 participantes, envolvem a criação de personagem e histórias, técnicas de expressão corporal, cenografia, o exercício da profissão palhaço, a prática de contação de histórias e a iniciação em teatro musical.

O evento é realizado pela Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Juiz de Fora (Apac-JF), em parceria com o SINPARC/BH e conta com patrocínio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).

*Estagiária sob supervisão da editora Gracielle Nocelli

Serviço

22ª Campanha de Popularização Teatro & Dança de Juiz de Fora

• Data: entre o dia 1º e 31 de agosto
• Locais: Teatro Paschoal Carlos Magno, Cine-Theatro Central, Museu Ferroviário, Teatro Praça CEU, Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, Sociedade Filarmônica, Sala de Giz, Espaço Entreato, Museu do Crédito Real, Fórum da Cultura, Espaço Grimorium Escola de Arte.
• Ingressos: vendas no trailer da APAC/JF localizado no Parque Halfed (segunda a sexta-feira, das 13h às 19h; e aos sábados e aos domingos, das 10h às 19h) e na bilheteria dos teatros uma hora antes das apresentações. Pagamentos via PIX ou dinheiro.
• Modalidades: Teatro para infância e juventude; dança; musical; comédia; stand up e tragicomédia; drama e terror; conto e oficinas.
• Confira a programação completa no Instagram do evento.
  
  
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