Falta de médico persiste em Uaps
Uma semana depois de a população denunciar que a criminalidade está prejudicando o atendimento na Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) da Vila Esperança I, na Zona Norte, o problema persiste no local, que é referência ainda para os moradores dos bairros Vila Esperança II e Nova Benfica. As equipes de atendimento continuam incompletas, segundo a presidente do Conselho de Saúde local, Maria Adelina Braz. Ela informou que áreas nas Vilas I e II estão descobertas, depois que agentes de saúde e uma técnica em enfermagem se afastaram por licença médica. Adelina ainda ressalta que as equipes que atendem aos bairros Vila I e Nova Benfica estão sem médicos. “O setor de marcação de consultas está parado, pois não tem funcionário. Fica difícil uma única médica atender a três áreas”, afirmou a representante, acrescentando que uma médica cubana, que atua na Uaps, vai voltar ao seu país.
“A Secretaria alegou que o quadro de funcionários está completo, mas quero saber dos outros funcionários, pois aqui eles não estão comparecendo”, afirmou a líder comunitária.
Os problemas da Uaps da Vila Esperança I vieram à tona após ela ter ficado fechada por três dias devido ao assalto a uma funcionária ocorrido no início deste mês. Segundo moradores e líderes comunitários, a insegurança no local implica na irregularidade dos serviços prestados. Matéria da Tribuna, de 22 de julho, mostrou as dificuldades dos moradores que buscam a unidade.
Na ocasião, a Secretaria de Saúde informou que a Uaps conta com duas equipes do Saúde da Família e que já tivera início o processo para a realização de uma seleção para contratação de médicos para ampliar o quadro de profissionais da unidade. Havia informado ainda que, no último processo seletivo – edital 289, um médico foi contratado para o local, no entanto solicitou desligamento.
Viaturas da PM
No que se refere à questão da segurança, Adelina ressaltou que, depois do fechamento da unidade devido ao roubo da funcionária, a PM tem encaminhado viaturas ao local diariamente. Todavia, ela ressalta que seria significativo a presença de um guarda municipal.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde disse que tem trabalhado em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública e Cidadania e também com os órgãos de segurança pública neste caso de violência. A secretaria informou, ainda, que acompanha a situação da Uaps e que todas as providências estão sendo tomadas para que não haja desassistência à população e para que os servidores possam exercer suas funções de forma adequada.
Ainda de acordo com a pasta, já está em processo a contratação de profissionais que irão ampliar o quadro. Um agente de atendimento ao público está sendo treinado para a Central de Marcação de Consultas.