Moradores se queixam da falta de lixeiras adequadas na região central de JF

Demlurb afirma que adquiriu 900 equipamentos e que reparos estão sendo realizados de acordo com os locais onde há maior necessidade


Por Elisabetta Mazocoli, estagiária sob supervisão da editora Rafaela Carvalho

26/10/2022 às 07h37

Lixeira-Parque-Halfeld---Feliep-Couri Lixeira-Osvaldo-Aranha---Felipe-Couri Lixeira---Felipe-Couri
<
>
Lixeira danificada localizada no Parque Halfeld, esquina com a Rua Santo Antônio, no Centro (Foto: Felipe Couri)

Essenciais para manter a cidade mais limpa, as lixeiras de Juiz de Fora têm sido motivo de reclamação entre os moradores de bairros centrais. A queixa é de que há equipamentos quebrados, caídos ou com danos no compartimento de armazenamento, que acabam contribuindo exatamente para deixar a cidade mais suja, já que, nesses pontos, não é possível fazer o descarte adequado. No último mês, a Tribuna percorreu as ruas mais movimentadas de Juiz de Fora e verificou os problemas apontados pelos moradores. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), por sua vez, afirma que adquiriu recentemente 900 lixeiras novas e tem realizado reparos e trocas, de acordo com os locais em que há maior necessidade.

No Bairro São Mateus, em um trecho da Avenida Itamar Franco, a Tribuna verificou a existência de seis lixeiras seguidas com danos que impediam seu uso correto. Para uma das moradoras do bairro, a estudante Júlia Pains, a questão realmente causa transtornos. “Sempre vejo lixeiras sem tampas ou quebradas por aqui, e acabo vendo também muitas pessoas jogando lixo no chão ou descartando de forma errada. Dá até cheiro ruim por conta disso”. Na Rua Santo Antônio, no Centro, a motorista de aplicativo Fernanda Tavares também afirmou que isso é um problema frequente. “Em uma rua com grande circulação como essa, precisamos de uma estrutura mais adequada”, diz.

Na seção Vida Urbana, publica pela Tribuna, outros leitores também enviaram queixas em relação às lixeiras em Juiz de Fora, inclusive em locais como praças e pontos de ônibus. Além da falta de lixeiras em boas condições, os moradores também chamam atenção para o fato de que o número de equipamentos é insatisfatório. A aposentada Sheyla Brasileiro, também moradora do São Mateus, relata que nota isso no trajeto que faz todos os dias. “Temos poucas lixeiras aqui. Durante a semana, há pontos que acabam ficando com bastante lixo acumulado”.

De acordo com a Demlurb, a região Central de Juiz de Fora conta com aproximadamente 714 lixeiras instaladas em pontos com maior fluxo de pedestres. A maior parte delas está na região central dos bairros e da cidade, que abrange as avenidas Barão do Rio Branco, Getúlio Vargas, Itamar Franco e ruas adjacentes. Além disso, o departamento também aponta que faz um mapeamento dos equipamentos para acompanhamento e avaliação técnica nos locais que apresentam maior necessidade de instalação e/ou substituição das lixeiras, e os funcionários do órgão realizam a manutenção das lixeiras de forma rotineira.

Vandalismo prejudica conservação

Para além do desgaste natural dos equipamentos, o Demlurb também aponta o vandalismo como um dos principais fatores que prejudicam a conservação das lixeiras. De acordo com o departamento, a depredação desses materiais afeta diretamente a população e a conservação da zeladoria da cidade, impactando negativamente no trabalho que está sendo desenvolvido. “Em aproximadamente um mês, desde quando as novas lixeiras começaram a ser instaladas, o Demlurb contabiliza cerca de 40 equipamentos novos que foram depredados e precisam ser substituídos só na região central”, afirma, em nota.

Conforme o Demlurb, 900 lixeiras, no valor de R$ 214,90 cada, foram adquiridas para instalação e reposição em Juiz de Fora. Em 13 de setembro, o departamento deu início à instalação de 500 lixeiras do tipo papeleira, com capacidade de 50 litros, em trechos de alto fluxo, faixas de pedestre e pontos de ônibus no Centro. A expectativa é de que, em seguida, houvesse a instalação nas centralidades dos bairros. Ainda segundo o departamento, no total, foi investido mais de R$ 193 mil para a compra de lixeiras neste ano.

Utilização adequada

A utilização adequada das lixeiras também é essencial para a sua conservação. O Demlurb recomenda que é preciso manter armazenamento de lixo domiciliar dentro da capacidade de suportação (que geralmente é de até 50 litros), além de tomar cuidados no descarte de materiais que podem ser inflamáveis e provocar incêndios, como, por exemplo, ponta de cigarro acesa.

Esses desgastes geram altos prejuízos financeiros e ambientais para o município, e, por isso, o órgão afirma que devem ser evitados. “A participação da população no sentido de ajudar a preservar esses equipamentos é fundamental para que possamos manter nossa cidade limpa”, afirma o Demlurb.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.