Resultado do Liraa aponta maior conscientizaĆ§Ć£o dos juiz-foranos
Apesar de o Ćndice de 0,7% ser o menor dos Ćŗltimos trĆŖs anos para o mĆŖs de outubro, combate ao Aedes aegypti deve prosseguir, principalmente com a chegada das chuvas
O resultado do Ćŗltimo Levantamento do Ćndice RĆ”pido do Aedes aegypti (Liraa), realizado em outubro, apontou que os juiz-foranos podem estar mais conscientes sobre a importĆ¢ncia de combater o Aedes aegypti, transmissor de doenƧas como a dengue, zika e chikungunya. O Ćndice de 0,7% Ć© considerado satisfatĆ³rio, de acordo com parĆ¢metros do MinistĆ©rio da SaĆŗde. Apesar disso, Ć© necessĆ”rio intensificar as aƧƵes de prevenĆ§Ć£o, jĆ” que a reproduĆ§Ć£o do vetor Ć© facilitada durante o perĆodo chuvoso, fator que aumenta os riscos de novas infestaƧƵes e atĆ© de novas epidemias.
O levantamento apontou que a Zona Norte continua sendo a regiĆ£o com maior Ćndice de infestaĆ§Ć£o, seguida pelas zonas Leste e Sul. Ainda conforme a avaliaĆ§Ć£o, realizada entre os dias 16 e 20 de outubro em 208 bairros da cidade, 88% dos focos estĆ£o nas residĆŖncias. O resultado Ć© considerado positivo pela VigilĆ¢ncia EpidemiolĆ³gica, que avalia, ainda, que o ideal seria que todos os focos fossem eliminados.
Quanto menor o Ćndice, melhor. Mas sĆ³ o fato de o resultado estar dentro do parĆ¢metro aceito pelo MinistĆ©rio da SaĆŗde jĆ” Ć© visto com bons olhos na cidade. O Ćndice Ć© o menor para o mĆŖs de outubro registrado nos Ćŗltimos trĆŖs anos. Em outubro de 2015, o Liraa apontou infestaĆ§Ć£o de 2,5%, caindo para 1,6% no mesmo mĆŖs do ano passado. A maior conscientizaĆ§Ć£o pode estar relacionada Ć epidemia vivenciada em Minas Gerais e no municĆpio no fim de 2015 e no inĆcio de 2016.
O Liraa Ć© um estudo feito por amostragem. No total, 5.593 imĆ³veis foram vistoriados. O Liraa Ć© um mapeamento rĆ”pido do Ćndice de infestaĆ§Ć£o. O municĆpio Ć© dividido em 13 extratos, que unem bairros prĆ³ximos de acordo com caracterĆsticas de imĆ³veis semelhantes. SĆ£o pesquisados de 430 a 450 imĆ³veis em cada um dos extratos e, a partir disso, Ć© verificada a presenƧa dos tipos de criadouros e da quantidade de focos encontrados. Depois, o Ćndice Ć© calculado. O objetivo Ć© verificar aonde estĆ£o os criadouros para que as aƧƵes sejam feitas naqueles locais.
No total sĆ£o realizados cerca de trĆŖs levantamentos por ano. Em janeiro, o Ćndice foi de 3,4%. Em marƧo, o Liraa apontou risco de epidemia, com Ćndice de 4,8%. Apesar disso, conforme a Secretaria de SaĆŗde, atĆ© este mĆŖs foram notificados 222 casos de dengue. Foram confirmados no municĆpio dois casos de chikungunya e 7 de zika.
Monitoramento
Todas as orientaƧƵes de combate ao Aedes aegypti devem ser mantidas por todos os juiz-foranos, principalmente porque o Liraa foi feito em perĆodo de estiagem, mas o perĆodo chuvoso jĆ” teve inĆcio. Ć essencial que a populaĆ§Ć£o continue verificando possĆveis criadouros e eliminando objetos que possam acumular Ć”gua.
Entre as orientaƧƵes para combater o Aedes estĆ£o a verificaĆ§Ć£o semanal de possĆveis criadouros do mosquito, como ralos, calhas, baldes, vasos de plantas, vasos sanitĆ”rios nĆ£o utilizados, garrafas, pneus, entre outros. Outra aĆ§Ć£o importante Ć© se proteger de possĆveis picadas com a utilizaĆ§Ć£o de repelentes e inseticidas. No caso das gestantes, o cuidado deve ser redobrado, principalmente para evitar complicaƧƵes em casos de zika. SĆ£o indicados o uso de roupas de mangas compridas e telas nas residĆŖncias.