Segue sem previsão início das obras no Grupo Central
Em nota, DEER-MG, responsável por coordenar o projeto, aguarda liberação orçamentária e financeira

Problemas estruturais na Escola Estadual Delfim Moreira foram verificados em 2013, mas reforma ainda não foi iniciada; prédio sofre deterioração externa (Foto: Marcelo Ribeiro)
Não há previsão para ser dada a ordem de serviço que autoriza o início dos serviços de reforma e restauração do prédio da Escola Estadual Delfim Moreira – também conhecido como Grupo Central ou Palacete Santa Mafalda-, localizado na esquina da Avenida Rio Branco com Rua Braz Bernardino, no Centro de Juiz de Fora. Em nota, a assessoria do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens de Minas Gerais (DEER-MG) informou que o órgão, responsável por coordenar o projeto, aguarda liberação orçamentária e financeira para dar seguimento à execução dos trabalhos.
Em maio, o titular da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, esteve em Juiz de Fora e, na ocasião da visita do governador Fernando Pimentel (PT) para a inauguração de obras no município, falou sobre as expectativas dos serviços de recuperação do Palacete Santa Mafalda, que já abrigou o grupo escolar. “Sobre a Escola Delfim Moreira, queria aproveitar e dizer para vocês que, ainda no final do mês de maio, o edital de obras sai. E, em breve, ainda este ano, a gente começa a obra desta escola que é muito importante para Juiz de Fora e região”, destacou à época. Procurada pela Tribuna, a assessoria de comunicação da Setop manteve a informação passada pelo DEER/MG, mas não se posicionou sobre o assunto.
A concorrência para a reforma da escola foi concluída em setembro. A Catalunha Engenharia Ltda. foi a vencedora da licitação com o preço da ordem dos de R$ 7 milhões. O valor orçado pelo DEER, estipulando uma espécie de teto, era de cerca de R$10 milhões. O edital previa que a empresa vencedora da licitação teria 720 dias para começar a executar os serviços.
Imbróglio
O imbróglio envolvendo o prédio da Delfim Moreira começou em 2013, quando foram constatados problemas estruturais na edificação. Na ocasião, as atividades da escola foram transferidas temporariamente para um prédio localizado na Rua Santo Antônio, cujo custos com o aluguel estavam orçados em torno de R$ 45 mil mensais. Desde então, o palacete centenário tem sofrido deterioração externa, sem que nenhuma intervenção seja realizada.
A reforma do prédio é reivindicada pela comunidade escolar, que, ao longo do ano, tem realizado manifestações contra a demora do governo em solucionar os problemas estruturais na sede oficial da instituição de ensino.
O diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) subsede Juiz de Fora e integrante da Comissão de Defesa da Reforma da Escola Delfim Moreira, Givanildo Guimarães, lamentou a falta de previsão para a execução da obra e disse que o atraso é inaceitável. De acordo com ele, a última informação que o sindicato teve acesso, por meio da direção da escola, era de que a reforma começaria até abril do próximo ano. “Não fomos informados sobre a relação (atraso para o início da obra) com a questão da falta de dinheiro. Nós sabemos que o Estado tem um problema financeiro, mas não ficou claro que seria esse o impeditivo”, disse.
Diante deste cenário, o diretor afirmou que após o atual recesso escolar, a comunidade escolar vai seguir com as cobranças e manifestações para que as obras sejam executadas.