Professores paralisam atividades contra atrasos de salários no Granbery

Vencimentos de abril, que deveriam ter sido efetuados dia 5 de maio, estariam em atraso; segundo trabalhadores, situação tem sido recorrente


Por Carolina Leonel

23/05/2019 às 19h19

manifestação
(Foto: Divulgação/Sinpro)

Em protesto contra atrasos no pagamento de salários, os professores do Instituto Metodista Granbery cruzaram os braços nesta quinta-feira (23). De acordo com o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), 100% dos trabalhadores do ensino superior e médio, da educação infantil e do ensino fundamental I aderiram à paralisação. A adesão foi de 70% dos profissionais que trabalham no ensino fundamental II. Além da paralisação, também houve manifestações da categoria em frente à sede do Instituto.

Os trabalhadores da educação afirmam que os atrasos por parte da instituição têm sido recorrentes. Conforme Aparecida de Oliveira Pinto, coordenadora-geral do Sinpro, o problema começou a acontecer em dezembro do ano passado. “Desde dezembro, os professores estão sendo penalizados com atrasos no pagamento. Em janeiro do ano passado o Granbery já atrasou o pagamento do 13° e das férias. Em dezembro, o Instituto começou novamente com os atrasos e, desde então, nós estamos com uma grande cobrança, porque tem atrasado sempre”, disse.

Está em atraso, atualmente, o pagamento referente ao mês de abril, que deveria ter sido efetuado no dia 5 de maio. “Poucos professores receberam e isso é inadmissível, porque todos trabalham. E o papel do sindicato é esse, de cobrar.” Aparecida afirmou que, como forma de protesto, os trabalhadores continuariam em frente ao Instituto ao longo de todo dia, inclusive à noite, “porque é preciso que o colégio e a faculdade tomem providências contra o atraso no pagamentos dos salários”. Nesta quinta, aconteceram atos no início e fim da manhã. Integrantes do Sinpro também estiveram na unidade na parte da noite.

Segundo Aparecida, o sindicato e a diretoria da instituição estiveram em reunião, no mês passado, para discutir os atrasos. Além disso, no dia 17 de abril, as partes estiveram em reunião de mediação no Ministério do Trabalho. “Fizemos a reunião para tentar solucionar o atraso. O colégio se comprometeu a regularizar os pagamentos a partir do mês de abril, e não é isso que está acontecendo. Para piorar a situação, a diretoria encaminhou um e-mail comunicando os trabalhadores que até 5 de junho a instituição iria regularizar o pagamento do salário. Ou seja, querem pagar em junho o mês de abril, sendo que nesta data deveriam realizar o pagamento de maio. Isso é inadmissível”.

A Tribuna entrou em contato com o Instituto, mas não obteve retorno.

Apoio de pais e alunos

Alunos da instituição e seus familiares têm manifestado apoio e, também, indignação contra a situação pela qual passam os professores. No dia 1° de abril, estudantes do ensino superior e médio promoveram manifestações em frente ao Instituto. Na ocasião, os alunos se reuniram na porta do centro educacional, na Rua Sampaio, e fecharam a via, carregando cartazes e proferindo palavras de ordem.

Segundo o sindicato, novamente os pais e alunos apoiam a categoria. “Temos contado com a compreensão e apoio dos alunos e famílias. Eles entendem a situação dos trabalhadores e estão conosco. Alguns, inclusive, participam das manifestações e nas cobranças. Mesmo porque, a situação também os afeta”, afirmou Aparecida.

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