Casa afetada pela explosão no Santa Terezinha desaba um mês após acidente
Vizinhos do local temem que estrutura colapsada do imóvel venha a cair em suas casas
Um imóvel localizado ao lado da casa que explodiu na madrugada do dia 6 de janeiro, na Rua Alencar Tristão, no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste, desabou parcialmente na manhã desta quarta-feira (15). O local, que está abandonado e ainda demonstra a gravidade do acidente que vitimou um homem de 58 anos, preocupa moradores da região, que temem por mais estragos no local devido às fortes chuvas que vêm assolando a cidade.
Moradora de uma casa vizinha ao imóvel que desabou, a estoquista Bárbara Moreira relatou presenciar a queda da estrutura logo quando saía para trabalhar. “Foi um susto. Assim que eu abri o portão da minha casa, ouvi um estouro e achei que era uma batida de carro. Quando vi a poeira subindo, aí sim percebi que o que restou do imóvel tinha caído. Eu nem gosto muito de passar aqui na frente, porque com certeza ainda vai cair mais coisa com essa quantidade de chuva dos últimos dias”, relatou.
A Tribuna esteve no local na tarde desta quinta-feira. Os dois imóveis vizinhos afetados diretamente pela explosão da casa, no último mês, já estão completamente desocupados. Na edificação existente ao lado esquerdo da via, ainda é possível observar diversos fragmentos de vidro quebrados e diversas janelas quebradas, além da estrutura, que também está completamente exposta.
Já na casa que desabou nesta quarta-feira, grande parte do telhado que ainda restava caiu junto com a parede que, anteriormente, era vizinha ao imóvel que explodiu. Diversos destroços e restos de materiais de construção permeiam toda a extensão do terreno, que estava bem úmido diante do alto volume de chuva registrado nos últimos dias na cidade.
A Tribuna questionou a Defesa Civil. Por meio de nota, o órgão afirmou que “as equipes da Defesa Civil realizaram vistorias em todos os imóveis próximos.” Ainda de acordo com a Defesa Civil, 147 residências foram vistoriadas no total. Duas delas desabaram totalmente, e outras quatro sofreram colapso parcial. Conforme a nota, estes imóveis já estavam desocupados, pois foram interditados de forma preventiva, e os proprietários foram orientados a realizar a consolidação ou demolição dos imóveis. Nos outros imóveis vistoriados não foi identificado nenhum dado estrutural.