Suspeitos de estupros coletivos continuam soltos

Nos últimos três meses, pelo menos três estupros coletivos ocorreram na cidade e, mesmo tendo sido identificados os 23 autores, ninguém foi preso até o momento. Conforme a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Ângela Fellet, foram emitidos pedidos de busca e apreensão dos suspeitos adultos nas semanas seguintes ao acontecimento dos fatos, mas ainda não houve retorno do Fórum.
A delegada ressalta que, como os suspeitos não foram presos em flagrante, é preciso ordem judicial para que eles sejam encaminhados à penitenciária. Já no caso dos autores que são menores, a Vara da Infância solicitou novas diligências. “A Vara da Infância quer que as vítimas façam o reconhecimento dos menores que tiveram relações com elas. Estamos finalizando esses pedidos.” A Tribuna tentou contato com o juiz responsável pelo caso, mas ainda não obteve retorno.
O caso de estupro coletivo que repercutiu primeiro na cidade foi o ocorrido no dia 25 de junho, na Vila Olavo Costa, região Sudeste. Conforme as investigações, uma menina de 13 anos foi abusada por 13 pessoas com idades entre 14 e 27 anos, sendo nove menores e quatro adultos. No mesmo dia, outra adolescente, dessa vez de 12 anos, foi obrigada a manter relações sexuais com cinco suspeitos, todos menores, no Vivendas da Serra, região Nordeste. No entanto, o caso só veio à tona em 26 de julho.
No mês passado, duas irmãs de 11 e 17 anos foram abusadas por cinco suspeitos, sendo dois meninos de 11 anos e três de 16 anos. O crime aconteceu no Poço D’Anta, próximo ao São Benedito, na região Leste. A delegada destaca que as vítimas estão em suas residências, mas que não estão sob ameaças.