Suspeitos de estupros coletivos continuam soltos


Por Kelly Diniz

15/09/2016 às 18h29

Marcelo Ribeiro
Ângela Fellet aguarda retorno do Fórum

Nos últimos três meses, pelo menos três estupros coletivos ocorreram na cidade e, mesmo tendo sido identificados os 23 autores, ninguém foi preso até o momento. Conforme a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Ângela Fellet, foram emitidos pedidos de busca e apreensão dos suspeitos adultos nas semanas seguintes ao acontecimento dos fatos, mas ainda não houve retorno do Fórum.

A delegada ressalta que, como os suspeitos não foram presos em flagrante, é preciso ordem judicial para que eles sejam encaminhados à penitenciária. Já no caso dos autores que são menores, a Vara da Infância solicitou novas diligências. “A Vara da Infância quer que as vítimas façam o reconhecimento dos menores que tiveram relações com elas. Estamos finalizando esses pedidos.” A Tribuna tentou contato com o juiz responsável pelo caso, mas ainda não obteve retorno.

O caso de estupro coletivo que repercutiu primeiro na cidade foi o ocorrido no dia 25 de junho, na Vila Olavo Costa, região Sudeste. Conforme as investigações, uma menina de 13 anos foi abusada por 13 pessoas com idades entre 14 e 27 anos, sendo nove menores e quatro adultos. No mesmo dia, outra adolescente, dessa vez de 12 anos, foi obrigada a manter relações sexuais com cinco suspeitos, todos menores, no Vivendas da Serra, região Nordeste. No entanto, o caso só veio à tona em 26 de julho.

No mês passado, duas irmãs de 11 e 17 anos foram abusadas por cinco suspeitos, sendo dois meninos de 11 anos e três de 16 anos. O crime aconteceu no Poço D’Anta, próximo ao São Benedito, na região Leste. A delegada destaca que as vítimas estão em suas residências, mas que não estão sob ameaças.

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