Prefeitura volta a interditar bar no Mariano Procópio

PJF alega que Beberico descumpriu Termo de Ajustamento de Conduta celebrado no mês passado


Por Tribuna

14/10/2025 às 17h46- Atualizada 14/10/2025 às 18h48

O bar Beberico, localizado na Rua Mariano Procópio, no bairro homônimo, na Zona Nordeste, voltou a ser interditado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) nesta terça-feira (14). Segundo o Executivo municipal, a medida foi tomada devido a descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre o estabelecimento e o Município na primeira interdição do local, no dia 12 de novembro.

A Prefeitura divulgou que, entre as ocorrências, estão novamente o funcionamento sem licença adequada, a realização de festas e eventos sem autorização, o descumprimento das exigências de adequação acústica e a reincidência em casos de poluição sonora. Para retirar qualquer material do estabelecimento, o responsável pelo bar Beberico deve solicitar autorização e acompanhamento do fiscal responsável por meio de protocolo no Prefeitura Ágil ou no Diga.

O fechamento cautelar do local seguirá até que a suspensão da interdição seja autorizada pela Junta de Julgamentos Fiscais, segundo o Município. O descumprimento está sujeito a multa gravíssima de R$ 64.839,50.

Proprietário afirma atuar conforme alvará

Em contato com a Tribuna, o proprietário do Beberico e sócio-fundador do Espaço Ziriguidum, Tawan Victor, relatou que o bar assinou o TAC para adequação acústica do estabelecimento e, após negociar o serviço com diferentes profissionais, as obras iriam começar nesta semana. Enquanto isso, o local vinha realizando eventos acústicos para cumprir os termos do acordo, conforme o empresário. “Estou agindo conforme meu alvará, que podemos fazer voz e violão”, argumenta.

“Foi falado que eu descumpri o TAC pela poluição sonora, só que, mesmo fazendo acústico, as pessoas cantam junto, batem palma. No dia que teve essa medição, foi justamente isso, (não havia) nenhum instrumento microfonado, eram pessoas felizes, batendo palma. Rolou a medição e deu como se eu tivesse descumprido, mesmo colocando som no acústico. Dentro de um samba, não tem como eu pedir para as pessoas ficarem menos feridos ou segurarem a alegria”, afirma o proprietário.

“Estamos tentando nos adequar, mas para nos adequar precisamos de dinheiro e para ter dinheiro precisamos de ter o bar funcionando. Se pessoas falando, cantando junto, não funciona, infelizmente será mais um espaço de cultura de Juiz de Fora que terá que ser encerrado. Mas não vou abaixar a cabeça, vou continuar lutando pelo espaço da mesma forma”, completa.

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