Sindicato aciona Tusmil na Justiça com 850 ações trabalhistas

Empresa afirmou estar “buscando solução amigável para as demandas judiciais” e confirmou já ter recebido 700 ações; Sinttro afirma que são pedidos de pagamento de verbas rescisórias


Por Tribuna

14/10/2022 às 18h30

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro) ajuizou, até esta sexta-feira (14), 850 ações trabalhistas contra a Tusmil, empresa que era responsável pelo transporte público em Juiz de Fora até setembro deste ano. De acordo com o sindicato, todos os pedidos são referentes a pagamento de verbas rescisórias aos trabalhadores que foram desligados da empresa. De um total de 908 trabalhadores, 850 ajuizaram ação, um total de 93% do corpo de trabalho.

Questionada, a Tusmil, por meio de sua assessoria de comunicação, afirmou que recebeu, até esta sexta, 700 ações. A empresa também afirmou que está buscando solução amigável para as demandas judiciais, já tendo obtido “expressiva” adesão dos trabalhadores nos acordos propostos, além de dar baixa nas carteiras de trabalho e fornecer documentos hábeis ao saque do FGTS e das guias para recebimento de seguro desemprego para aqueles trabalhadores que não quiseram ocupar a vaga disponibilizada pelas empresas do outro consórcio.

Atualmente, o transporte público de Juiz de Fora é realizado pelo Consórcio Via JF, composto pelas empresas Ansal e São Francisco. No anúncio oficial de rescisão de contrato com a Tusmil, a prefeita Margarida Salomão (PT) afirmou que os postos de trabalho dos funcionários estavam garantidos. Conforme explica o Sinttro, alguns motoristas e cobradores, por conta própria, optaram por não ingressar nas empresas, no entanto, independente do destino de cada um, todos têm direito ao valor da rescisão.

Em setembro, o sindicato havia afirmado que estava ajuizando reclamações trabalhistas, visto que a Tusmil teria declarado que não tinha liquidez para pagamento. O Sinttro oferece o serviço jurídico de forma gratuita aos trabalhadores e sinalizou que mais ações serão ajuizadas ao longo dos próximos dias.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.