Familiares de idoso atropelado na Rio Branco protestam
O condutor teria avançado o sinal vermelho e fugido sem prestar socorro à vítima
“Justiça”. Esse era o grito unânime de um grupo composto por cerca de 20 pessoas que protestaram em razão da morte do aposentado José Sebastião Fernandes, 68 anos, nesta quinta-feira (13). Ele morreu depois de ser atropelado em plena Avenida Rio Branco no último dia 1º, quando seguia para hemodiálise pelo trajeto que realizava há dez anos.
Doze dias após o ocorrido, familiares e amigos da vítima saíram às ruas munidos de cartazes para afirmar que não foi acidente. Eles pedem mais detalhes das investigações, além de uma resposta célere da Justiça sobre o caso. “A gente teve acesso ao depoimento do motorista que matou meu avô. Ele disse que estava indo para uma pescaria. O que me estranha era se, de fato, ele estava indo para o lugar que alegou, porque estava naquela velocidade e não prestou socorro”, questiona Gilson Gerhein, neto da vítima e organizador da manifestação, acrescentando que o fato se deu às 5h30 e que seu avô estava na faixa destinada a pedestres. Segundo a Polícia Militar, o condutor teria avançado o sinal vermelho e fugido no sentido Manoel Honório em alta velocidade, sem respeitar a sinalização semafórica.
Nesta quinta, o grupo se reuniu em frente à Câmara Municipal, no Parque Halfeld, e seguiu até o trecho onde José Sebastião foi encontrado morto com pernas, pescoço e costelas quebradas devido ao forte impacto sofrido pelo choque com o veículo. Na Rio Branco, entre as ruas Afonso Pinto da Mota e Floriano Peixoto, os manifestantes pararam por alguns minutos, em respeito à memória da vítima e, do local caminharam com destino ao Calçadão da Rua Halfeld, onde o movimento dispersou. Segundo o registro policial, o condutor do veículo, 22, teria avançado o sinal vermelho, arremessando o aposentado a uma distância de cerca de 50 metros.
O suspeito de colocar fim à vida do idoso José Sebastião Fernandes se apresentou à delegacia na companhia de seu advogado, três dias depois, e prestou depoimento. O conteúdo da oitiva, no entanto, não foi divulgado. Ele responde o inquérito em liberdade. A investigação é presidida pela delegada Camila Miller, da 7ª Delegacia de Polícia Civil. O automóvel suspeito encontrado na noite seguinte à morte, no Bairro Miguel Marinho, na região Norte de Juiz de Fora, segue apreendido.