Terceirizados do João Penido protestam por melhores condições de trabalho

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora e Região (Sinteac) promoveu, na manhã desta quinta-feira (12), uma manifestação em frente ao Hospital Doutor João Penido. A reivindicação é por melhorias nas condições de trabalho dos funcionários terceirizados que atuam na instituição por meio da Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS), uma sociedade anônima de capital fechado sob a forma de empresa pública, criada para prestar serviços técnicos, administrativos e gerais a órgãos públicos. Segundo o sindicato, cerca de 400 pessoas trabalham para a MGS em Juiz de Fora, sendo quase 150 dentro do Hospital João Penido, administrado pela rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).


Durante o protesto, a categoria denunciou a falta de uniformes e de equipamentos de segurança, desvio de funções dentro da unidade hospitalar, a impossibilidade de usar o refeitório do hospital durante as refeições e o corte de adicionais de insalubridade e periculosidade. “A empresa ainda cortou vale-transporte: quem tinha quatro, passou a ganhar dois, e quem tinha dois, zerou. Além disso, a MGS alega problemas de fluxo de caixa para tentar reduzir em 30% os salários e a jornada de trabalho (por meio do Programa de Proteção ao Emprego)”, explica o presidente do Sinteac, Paulo Sérgio Felix.
Conforme ele, o sindicato encaminhou uma manifestação contra a empresa ao Ministério Público do Trabalho. Uma nova manifestação deve ser realizada pela categoria na próxima semana. “A empresa se fecha de tal forma que evita o diálogo com os trabalhadores”, denuncia Paulo Sérgio. A Tribuna fez contato com a MGS e com a Fhemig, e aguarda posicionamento.