Parede de sete metros desaba e atinge cinco casas no Poço Rico
Estrutura fazia parte de galpão que estava sendo demolido em função das obras de drenagem do acesso ao Viaduto Engenheiro Abramo; duas mulheres ficaram presas no interior de um imóvel, mas não se feriram
Uma parede de cerca de sete metros de altura desabou, na tarde desta segunda-feira (10), na Rua Osório de Almeida, no Bairro Poço Rico, região Sudeste de Juiz de Fora, atingindo cinco casas vizinhas. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, os destroços da estrutura de um galpão, que estava sendo demolido em função das obras de drenagem do acesso ao Viaduto Engenheiro Abramo, caíram, afetando as residências.
Ainda conforme a corporação, duas mulheres, que ficaram presas no interior de uma das casas, precisaram ser retiradas pelos bombeiros, visto que o corredor estaria coberto pelos escombros. As outras quatro casas estavam vazias no momento da ocorrência. Ainda conforme os militares, o incidente também não feriu trabalhadores da obra.
O Corpo de Bombeiros informou que a parede teria caído após uma escavadeira, que estava sendo utilizada na obra do viaduto, efetuar uma manobra no terreno e esbarrar na estrutura do galpão. Ainda conforme a assessoria da corporação, a perícia da Polícia Civil esteve no local e vai verificar de quem é a responsabilidade pelo acidente. A Polícia Militar também foi acionada.
Questionada pela Tribuna, a Defesa Civil informou que uma viga ficou sobre as casas, apresentando risco às construções, que precisaram ser desocupadas e interditadas. “A empresa responsável pela obra vai realizar os trabalhos para corrigir os problemas, enquanto isso as pessoas vão ser retiradas de lá. A empresa deve ser responsabilizada e dar condições normais às casas e reparar tudo que foi danificado pela queda da estrutura”, pontuou o coordenador da Defesa Civil, Jefferson Rodrigues.
Obra
Em matéria publicada no dia 5 de julho, a Tribuna mostrou que a construção do Viaduto Engenheiro Renato José Abramo, cujo objetivo é fazer a ligação entre as ruas Tenente Coronel Delfino Nonato, Romeu Arcuri e Osório de Almeida, em ambos os sentidos de circulação, transpondo a linha férrea, foi iniciada em 2016. A obra chegou a ser interrompida por conta da necessidade de uma nova licitação para a fundação de terra armada e modificação do projeto dos acessos, em razão da inclusão de uma obra de drenagem na Rua Osório de Almeida, projetada para reduzir os problemas de alagamento na via. Em 2018, toda a estrutura do viaduto estava finalizada, de acordo com a Prefeitura, e faltava a construção dos acessos e acabamentos.
Em julho, conforme a Prefeitura, estava sendo realizada a construção de lajes de transição, que seriam ligadas à estrutura do viaduto, que tem 290 metros e será composta por quatro pistas, que funcionarão em mão dupla. Ao final desse passo, seria feita a pavimentação do viaduto. Ao mesmo tempo, uma rede de drenagem com 360 metros de extensão e 1,2 metro de diâmetro estava sendo feita para minimizar os problemas de alagamento na Osório de Almeida. Em julho, a Prefeitura informou que seriam feitos novos acessos e obras complementares para muros, passeios e meio-fio.