Final de semana deve ser de temperaturas mais baixas em Juiz de Fora
Atualizada às 18h04
A onda de calor que atingiu Juiz de Fora nos últimos dias tem chamado atenção. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima nos primeiros nove dias de junho ficou, em média, em 24,8 graus, índice que é 3,6 graus acima do previsto, conforme o histórico dos últimos 30 anos. Em alguns dias, como esta sexta-feira (9), os termômetros registraram índices maiores, com 25,9 graus. No dia 1º, ainda houve o pico de 28,7 graus. As mínimas, observadas nas madrugadas, também representam ponto fora da curva, com média de 13,4 graus, resultado que é 2,4 graus além do esperado.
Não é só o calor que chama atenção em junho. Apesar de o período ser de estiagem, a ausência de precipitações favorece a perda da qualidade do ar. A última chuva registrada em Juiz de Fora foi há 18 dias, em 23 de maio. E, segundo o meteorologista Luiz Ladeia, do 5º Distrito do Inmet, este quadro deve permanecer por mais alguns dias. “A frente fria que atingiu São Paulo jogou toda a carga de chuva por lá, e o único reflexo a ser observado na Zona da Mata deverá ser o aumento da nebulosidade e da umidade relativa do ar.”
Conforme o especialista, na retaguarda desta frente, já avança sobre a região Sudeste do país um sistema de alta pressão de origem polar. Isso significa tempo estável, mas temperaturas em declínio. Ao longo do fim de semana, a previsão para Juiz de Fora, segundo ele, é de termômetros marcando entre 13 e 21 graus. O sábado (10) tende a ser parcialmente nublado, e o domingo (11) com céu mais claro.
Umidade
O bloqueio atmosférico em atuação em grande parte de Minas Gerais deixa o tempo seco durante as tardes, mas ainda assim com índices dentro do tolerável. Ao longo da última semana, a concentração de umidade no ar, entre 14h e 16h, oscilou entre 41% e 70%. O menor nível do mês foi registrado dia 2, com 35%.
De acordo com o preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado estado de atenção índices abaixo dos 30%. Quanto menor o percentual, maior a chance de problemas respiratórios, como as bronquites, sinusites e rinites. O ar seco também é vilão das doenças infecciosas oculares, como a conjuntivite.
Ladeia informou que, com a chegada do frio polar, as manhãs deverão ser de nevoeiros e umidade alta, em até 90%. Com a intensificação dos raios solares, ao longo do dia, a umidade tende a cair e ficar em torno dos 50%.