Comunidade escolar protesta por segurança


Por Gracielle Nocelli

07/03/2017 às 10h39- Atualizada 07/03/2017 às 16h30

manifestacao-leo-2
Grupo se dirigiu à Avenida Sete, onde ficou parado por cerca de 30 minutos (Foto: Ananda Elisabeth Fernandes)

Após ser alvo de furto seis vezes este ano, sendo os três atos criminosos realizados de forma consecutiva na última semana, a comunidade escolar da Escola Estadual Batista de Oliveira, localizada no Bairro Costa Carvalho, foi às ruas ontem em protesto. A mobilização reuniu funcionários, alunos e familiares para pedir mais segurança e melhorias nas condições de infraestrutura das escolas da rede pública estadual. Exibindo cartazes com dizeres como “Temos direito à educação” e ” Batista de Oliveira pede ajuda”, o grupo fechou a Avenida Sete de Setembro, em frente ao colégio, por cerca de meia hora. O protesto foi pacífico e acompanhado pela Polícia Militar.

De acordo com o diretor da instituição, Henrique Araújo Soares, o movimento teve a proposta de mostrar que a comunidade está unida para lutar pela escola. “Os estudantes, os pais, os funcionários estão juntos. Todos querem o bem da escola. Contamos com o apoio da polícia nas investigações dos furtos, que já estão bem avançadas, e agora vamos lutar pela liberação de recursos para conseguirmos reformar a escola e garantir mais segurança”, explicou. “Queremos ressaltar que nós não estamos contra a Secretaria de Estado de Educação (SEE), pelo contrário, estamos juntos para que a nossa escola possa ser um bom instrumento de ensino e de desenvolvimento das políticas de educação, por isso, estamos reivindicando melhorias e a liberação de verbas parlamentares.”

Na avaliação da vice-diretora, Ananda Elisabeth Fernandes, de posse dos recursos, a escola poderá solucionar os problemas estruturais que acarretam a falta de segurança. “Temos o documento que mostra que a verba parlamentar de 2015 é direcionada para reforma da instituição. Nós já assinamos os papéis, mas o dinheiro ainda não veio. Com ele será possível consertar buracos no muro, colocar grades e cerca, reforçar os portões e implantar o sistema de câmeras e alarmes.”

Os equipamentos de segurança que a escola possuía foram furtados em 2015 e ainda não haviam sido repostos pela SEE. Nos atos cometidos este ano, os criminosos levaram 13 computadores, sete ventiladores, 30 caixas de piso, lâmpadas, fiação, equipamento de chá e utensílios de cozinha, além de material escolar, de escritório e esportivo. Além dos furtos, foram praticados atos de vandalismo. Janelas foram quebradas, portas e maçanetas ficaram danificadas, papéis foram espalhados pelo chão, gavetas e salas ficaram reviradas.

Apoio

Em função dos furtos, a volta às aulas pós-carnaval, que aconteceria na última quinta-feira (2), aconteceram apenas na segunda-feira (6). No mesmo dia foi realizada uma reunião com a comunidade escolar para explicar a situação que a escola se encontra após a onda de furtos. “Voltamos as atividades, mas ainda não tivemos a reposição do material furtado. Estamos sem computadores, ventiladores. Quanto aos materiais, recebemos algumas doações da própria comunidade”, disse o diretor Henrique Araújo Soares.

Pai de estudante e integrante do colegiado da escola, Cláudio Procópio esteve na manifestação e ressaltou a importância do apoio e da presença da comunidade. “Em 2015, o colégio também enfrentou problemas de furtos e vandalismos. Nós fizemos uma comissão de pais e, junto dos funcionários, conseguimos reerguer a escola. É muito importante a participação, pois é uma luta de todos nós.”
Procurada pela Tribuna, a SEE não quis se posicionar sobre a mobilização da comunidade da Escola Batista de Oliveira.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.